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Com Zeca Pagodinho e Cassetadas, Faustão cumpre promessa e espanta tristeza
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Um dos motes da campanha de lançamento do Faustão Na Band foi calcada no "retorno da alegria" à TV brasileira. A julgar pelo primeiro programa, a promessa foi plenamente cumprida.
Já nos primeiros minutos, depois de apresentar o filho João Guilherme e Anne Lotterman, seus co-apresentadores, Faustão emendou uma vigorosa sequência de Cassetadas —que na Globo eram conhecidas como Videocassetadas.
A ideia é ter o quadro preenchendo o bloco inicial da atração diariamente, com direito à performance das bailarinas e a trilha clássica. Parece pensado como um contraponto ao noticiário do Jornal Nacional e do Jornal da Record, que são exibidos na mesma faixa.
Em seguida, com direito a orquestra e tudo, quem chegou no suntuoso palco da Band foi Zeca Pagodinho cantando "Deixa a vida me levar". A melhor novidade dessa nova empreitada de Faustão foi deixá-lo com o microfone mais aberto enquanto canta junto com as canções. De vez em quando escapava algo na Globo, agora parece estética. Aprovadíssimo.
Ter a oportunidade de prestigiar tão eloquente repertório em plena segunda-feira na TV aberta é um privilégio até pouco tempo atrás inimaginável. Teve citação a Beth Carvalho, madrinha de Zeca e do Fundo de Quintal, e homenagem no palco ao maestro Rildo Hora, uma das pedras fundamentais da música popular brasileira.
A boa conversa entre Zeca e Faustão, dois pilares do Brasil popular contemporâneo, interrompida apenas por algumas das principais joias do nosso cancioneiro, rendeu um excelente resultado de audiência. Tudo isso com imagens de arquivo da época do Perdidos na Noite.
Depois, ainda teve espaço para os espetaculares Alexandre Pires e Seu Jorge perfilarem seus sucessos e outro agradável bate-papo com o apresentador.
O sucesso dessa estreia pode significar uma retomada dos programas de auditório na programação das emissoras, hoje tão engessadas com formatos.
Faustão na Band parece empenhado em seguir à risca as diretrizes da música das Cassetadas: tirar a tristeza da cara e celebrar que o tempo não para, pois o bom da vida é ser feliz. Por mim, tudo bem.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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