Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
BBB 22: Arthur é um grande manipulador, e isso é um elogio
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A Coluna Chico Barney procura oferecer aos seus leitores uma análise precisa a respeito dos acontecimentos do BBB 22 em uma de suas mais celebradas seções semanais, a popular Cotação dos Brothers(*).
É quando paramos para observar cada um dos participantes no detalhe, de olho na flutuação dos ímpetos na casa. Veja como estão as coisas enquanto o jogo vai se aproximando do seu mês derradeiro.
> EM ALTA
Arthur: Todo mundo lá dentro já entendeu muito bem qual é a do Arthur. E isso só deixa suas manobras ainda mais impressionantes: ele não consegue manipular ninguém na casa, mas conseguiu manipular o público. Sua torcida é a mais apaixonada e está cada vez mais cheia de energia contra os detratores. Ou seja, pelo menos até aqui, seu objetivo foi alcançado com sucesso.
Lucas: O estilo peculiar do Barão da Piscadinha provoca sentimentos conflitantes. Mas o principal aqui é reconhecer que suas jogadas estão garantindo um ótimo entretenimento. E quando ele recua para os adversários nos programas ao vivo, consegue garantir uma boa convivência com todos até dar tempo de conquistar poder de novo e outra vez decepcionar aliados e apavorar adversários. Melhor assim!
Scooby: Está indignado! Ao ser confrontado com os perigos do paredão, entendeu que não tem diferença entre jogo e relações no BBB: o jogo é justamente a construção dessas relações. Mesmo posando de bom moço, já não consegue mais esconder seu lado truculento. De maneira tardia, está se tornando um bom participante —e principal candidato a vilão da temporada.
Natália: Adoro a maneira como se posiciona nos jogos da discórdia. E quando tem uma desinteligência com algum colega, jamais arrega. Nem sempre concordo com seus argumentos, mas é muito bom ver alguém jogando ofensivamente e de maneira coerente nesse BBB 22 de tão triste memória.
Jessi: É a única participante com real disposição para entrar em rota de colisão com o Scooby. Todo o resto prefere amenizar o debate para garantir a amizade do surfista. Mas Jessi faz questão de tirá-lo do prumo e, mesmo que não vença os debates diretos, pelo menos consegue expor as nuances da personalidade do inimigo para o público.
> EM BANHO-MARIA
Lina: Está vacilando pelo excesso de firulas no próprio texto. Se pudesse entrar na casa com um bom editor, certamente seria a campeã, pois possui uma visão ótima sobre os participantes e muita sensibilidade para lidar com quase todo mundo. Mas quando abusa de termos repetidos e constrói frases quilométricas para expor ideias simples, afasta o público.
Douglas: É um jogador inteligente internamente, mas acaba instigando pouco o próprio público. Parece estar sempre em compasso de espera, sem muita pressa —e mesmo assim não consegue passar longe do radar de seus adversários. A essa altura do campeonato, uma participação tão morna acaba frustrando expectativas.
PA: É carismático, continua com boas relações internamente e é um eloquente defensor de seus amigos, mas carece de uma história mais forte para chamar de sua. Não conseguiu protagonizar nenhum grande arco, nem parece muito disposto a arriscar.
> EM QUEDA
Eslovênia: Não possui nenhum tipo de imaginação. Ficou presa a narrativas que simplesmente não emplacaram aqui fora, viu ruir seu castelo de cartas e em vez de reagir, mantém a cabeça nas mesmas disputas. Na maior parte do tempo, é dispensável e desinteressante para o cenário geral das coisas.
Gustavo: A grande decepção da temporada. Tem uma leitura teórica muito boa, e consegue ser contundente quando se envolve em tretas. Mas em vez de partir para cima, fica a maior parte do tempo retraído, tentando construir um casal com uma participante que ele já deveria saber que não é exatamente popular. Se pudesse eliminar alguém hoje, certamente seria Gustavo.
Laís: Sofre dos mesmos males que Eslovênia, com o agravante de ter supostamente encerrado o conflito com o Arthur e, por falta de criatividade, ter voltado atrás para ter com quem brigar. Mais uma boa promessa de Curicica que dificilmente vai dar em alguma coisa.
Vyni: Tenta se apoiar no que chamo de TTP (tripé da tristeza profunda): sabedoria rasa de Instagram para momentos de conflito; humor físico forçado e desprovido de carisma; paixão platônica enquanto proposta de campanha. Confesso que chego a me divertir com um esforço tão calculado que resultou em um chute tão longe do gol, mas é compreensível que o público não esteja lá muito satisfeito.
> EM DESGRAÇA
Eliezer: Mesmo fora do paredão, virei as últimas noites puxando mutirões para eliminá-lo do programa. Já passou tempo demais e isso precisa ser solucionado de alguma maneira. Basta de Eliezer na minha TV! Com todo o respeito, é claro.
***
E essas foram as minhas humildes opiniões. Se você não gostou, semana que vem tem outras.
(*) A Cotação dos Brothers não possui caráter científico ou influência sobre o resultado do programa da TV Globo.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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