Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Caso Samantha x Juliette: Subestimados, ex-BBBs querem ser respeitados
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Na etiqueta do pós-modernismo televisivo, não existe muita coisa mais fora de moda do que desrespeitar ex-BBBs. Durante muitos anos, foram tratados com desdém por integrantes de uma suposta elite intelectual. Mas simplesmente inexiste espaço para esse tipo de contenda.
A fama pode ser consequência de um monumental labor de anos. Mas neste século em que vivemos, está mais do que comprovado que também pode surgir rapidamente como fruto de alavancas mais dinâmicas: um vídeo viral, uma foto surpreendentemente popular, a presença em um reality show na TV.
Na maneira como a sociedade se organizou economicamente, quanto mais pessoas sabem quem é você, melhor para os negócios. Antes o reconhecimento era majoritariamente local, hoje há a possibilidade de alcançar níveis mais amplos por intermédio da internet.
Para quem vende bolos, assim como para quem se especializa em cirurgias ortognáticas ou aos que pretendem prosperar como personalidades da mídia, quanto mais fama, melhores chances de conquistar boas oportunidades.
Ou seja, o BBB e outros realities funcionam como trampolim para uma miríade de profissões. O holofote da TV aberta impulsiona bases proprietárias nas redes sociais e tudo isso vira dinheiro para a sobrevivência —independentemente de qual seja sua ocupação. Mas é evidente que isso inclui artistas.
Foi interessante o levante "ex-BBB também é gente" iniciado por Kerline (pelo menos vi primeiro no Twitter dela), por ocasião do comentário de Samantha Schmutz a respeito de Juliette.
Qualquer pessoa pode tranquilamente não gostar do trabalho que a campeã do BBB 21 ou Arthur Aguiar ou Jade Picon estão desempenhando ou hão de desempenhar nos anos vindouros. Só que não convém classificá-los como cidadãos de segunda classe por conta dos meses de confinamento na casa mais vigiada de Curicica.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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