Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Power Couple precisa de uma revolução radical para continuar no ar
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Quando estreou em 2016, o Power Couple Brasil era exibido semanalmente pela Record, indo ao ar quase todo gravado —apenas a grande decisão final teve transmissão ao vivo, se bem me lembro. Foram singelos 11 episódios ao longo de 3 meses.
Com a boa impressão causada pela primeira temporada, no ano seguinte o programa ganhou uma nova data de exibição semanal, ficando com um total de 20 episódios.
A grande mudança aconteceu quando Gugu Liberato substituiu Roberto Justus no comando. Nas duas edições em que esteve à frente do projeto, o Power Couple mais que dobrou de volume —foram 48 e 63 episódios nas temporadas 3 e 4, respectivamente, com exibição diária na grade da Record.
Cada vez mais, o público passou a participar ativamente das decisões dos rumos da atração, com um modelo que lembra bastante o BBB e A Fazenda. Deixou definitivamente de ser aquela competição de casais que por acaso tem também um pouco de convivência para se tornar, no final das contas, um jogo de convivência entre casais que por acaso também tem provas muito legais.
Considero essa subversão do próprio formato um ganho. Mas a estratégia adotada atualmente pela produção acaba estabelecendo um modelo híbrido que atrapalha o melhor aproveitamento da obra.
A cronologia do pay-per-view é totalmente deslocado em relação ao que é mostrado na TV aberta. Enquanto a internet já está debatendo a prova dos casais e seus resultados, a emissora ainda está se preparando para exibir um evento anterior, a prova dos homens.
Desse jeito, a Record não consegue aproveitar a repercussão do que acontece na Mansão Power para alavancar o reality, pois está sempre atrasada em relação aos fatos.
A vibração das redes sociais é muito importante para esse tipo de programa. Se as coisas não são apresentadas quase em tempo real, tudo se dissipa. É o drama que vive a corrente temporada, apresentada por Adriane Galisteu.
As lives feitas por especialistas e fãs do programa estão sempre em cima do lance e, com isso, conseguem uma audiência até surpreendente para uma atração de baixa repercussão geral.
Se quiser insistir no formato nos próximos anos, a emissora precisará fazer uma revolução radical na maneira como leva ao ar o que acontece no Power Couple. Além da fundamental transparência, medidas para diminuir o intervalo entre o pay-per-view, os comentários na internet e o que é finalmente é exibido de maneira oficial na grade noturna.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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