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Chico Barney

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

A Fazenda: Ataque com cocô de cavalo não foi a pior coisa da noite

Colunista do UOL

29/09/2022 11h10

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Ingrid Ohara não deu exatamente um show de civilidade em A Fazenda ao jogar bosta de cavalo nas coisas de Vini —e na de outros peões como efeito colateral. Mas o protesto pelo menos tinha um ponto de partida bem definido: nos termos dela, era uma retribuição às bostas que o colega de confinamento costuma proferir.

Não tem como defender uma atitude dessas, pelo menos em alto e bom som, em uma coluna de um portal tão prestigiado quanto este. Mas é difícil deixar o sorriso no canto da boca escapar ao observar uma cena tão pitoresca.

Assim como é fato que Ingrid se excedeu, também é inegável que Vini atenta contra tudo o que não é espelho toda vez que abre a boca. O inimigo da Declaração dos Direitos Humanos até tenta disfarçar com a voz mansa e um suposto ar de superioridade, mas não consegue esconder suas características menos alvissareiras.

Mas os efeitos desse embate na madrugada foram apenas cômicos. A cena da influenciadora de calcinha rosa entrando na sede com um saco de esterco nas costas, Iran Malfitano limpando a sujeira até altas horas com uma expressão de absoluto horror, Moranguinho afirmando que a roupa de baixo define se uma atitude é movida pela raiva ou por estratégia. Tudo muito bom.

A única transgressão ao entretenimento rasteiro de qualidade promovido por A Fazenda nesta noite foi a intervenção lamentável de Deolane. Mais uma vez prostrada no sofá que usa como Chat Roulette analógico para ofender desavisados que passam por lá, resolveu debochar do uso de remédios por Déborah.

Em uma temporada tão cheia de acontecimentos e ao mesmo tempo tão leve, as falas preconceituosas da doutora são um péssimo exemplo e ofendem bem mais pessoas que a integrante do Casal Fênix. A produção deveria colocar um ponto final nessa história, para que tenhamos a oportunidade de continuar apreciando a bobagem sem limites, mas com o mínimo de responsabilidade.

Voltamos a qualquer momento com novas informações.