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Como Deolane estragou A Fazenda com sua truculência
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William Shakespeare escreveu que "a vida é uma história contada por um idiota, cheia de som e de fúria, sem sentido algum". De certa forma, essa é a temporada mais shakespeariana de A Fazenda.
Depois de um BBB morno, quase gelado, as esperanças dos fãs de reality shows residiam em um só lugar: Itapecerica da Serra.
A expectativa era de um elenco forte e também de todas as intrigas, conchavos, artimanhas e picuinhas que ficaram faltando no concorrente. A lição que fica? Cuidado com o que desejas.
Analisando individualmente, chega a ser um bom elenco. E pelo menos até aqui, realmente ninguém pode reclamar da falta de briga -teve até pancadaria nesse grande telecatch das emoções.
Mas o programa ainda está devendo uma coisa: história. Não tem trama nem contexto que permita uma imersão mais firme em A Fazenda 14. É como um filme pornô que parte direto para o 'vamo vê', sem começar com um inocente cano da pia vazando ou uma súbita vontade de comer pizza na calada da noite.
A ausência dessa ambiência banaliza a guerra que estamos presenciando diariamente na Record. É simplesmente a disputa pela disputa, em um territorialismo bizarro cujo balizador é apenas um: Deolane.
No frigir dos ovos, a divisão da casa em dois grupos se deu única e exclusivamente pela simpatia ou antipatia da doutora por seus colegas. E como ela passa feito um rolo compressor por cima de quem não gosta, não sobra espaço para mais nada.
Por mais que a gente aprecie muito o caos e a baixaria, fica difícil se conectar com o reality rural quando não há uma boa trama sequer. É escolher um time e aguardar o sucesso ou fracasso a cada semana, como se estivéssemos jogando Elifoot.
Assim como Márcio Garcia em Caminho das Índias, Ricardo Macchi em Explode Coração ou Andréa Beltrão em Vira-Lata, A Fazenda precisa se livrar da sua protagonista o quanto antes. Apenas sem a truculência de Deolane que o programa poderá encontrar seu rumo.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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