Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Prometeram que Travessia ia melhorar, mas só piora
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Uma revelação da ótima colunista Márcia Pereira, do site Notícias da TV, deu contextos importantes para a tragédia que foram as primeiras semanas de Travessia. De acordo com a jornalista, Glória Perez teve que escrever os 18 capítulos iniciais a toque de caixa, adiantando meses de trabalho para estrear logo após Pantanal, em vez de 2023.
Com isso, concluí que a partir desta segunda-feira teríamos uma novela renovada no ar. Com diálogos mais coesos e uma linha narrativa que fizesse algum sentido. Pois me enganei redondamente. Em vez de melhorar, parece que Travessia só piora.
É uma decepção muito grande, dada a longa lista de bons serviços à teledramaturgia prestados pela autora. Mas a história não só é absolutamente estapafúrdia, como também consegue ser desinteressante. Não tem apelo nem como guilty pleasure, como tramas de outrora.
Para piorar, toda a engrenagem da produção parece passar por uma crise intensa. Mesmo diminuindo a quantidade de linguagens diferentes em um mesmo capítulo, a direção continua esquisita, combinando pouco com o texto. E as atuações estão em um nível muito abaixo do que foi apresentado historicamente pela Globo.
É uma cena pior que a outra. Chega a ser difícil encontrar alguma coisa para elogiar. Giovanna Antonelli e Alexandre Nero podem ser considerados destaques positivos, mesmo jogando no piloto automático.
Também de acordo com Márcia Pereira, Travessia vai dar uma acelerada no arco da Brisa para ver se as coisas começam a fazer sentido. Ainda assim, os problemas da novela parecem ser mais profundos que a cadência. A sensação é que a novela está conceitualmente equivocada.
Mas seguiremos atentos. Quer dizer, mais ou menos. Às vezes me distraio com vídeos de animais de estimação divertidos no Twitter. Mas prometo me esforçar.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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