Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Com a demissão de Henry Cavill, chegou a hora de um Superman brasileiro
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O Brasil não ganhou a Copa do Mundo, isso é muito triste. Enquanto lambemos as feridas causadas por um hexa que não chega nunca, começamos a ampliar os horizontes para tentar encontrar novas razões para sonhar.
Se a turma do Neymar não é capaz de dar alegria ao povo, o universo pode conspirar em outras frentes, muito distantes das quatro linhas de um campo de futebol. Você já ouviu falar de Pequenópolis?
É a cidade fictícia onde foi encontrado um bebê alienígena por parte de um casal de idosos insolentes, Jonathan e Martha Kent. Eles tiveram a ousadia de criar aquele ET como se fosse seu próprio filho, pois ele parecia perfeitamente humano, não fosse por um mero detalhe —os poderes capazes de aniquilar o sistema solar.
Por sorte, tiveram o bom senso de incutir os melhores valores na cabeça daquele jovem. E Clark cresceu com empatia e responsabilidade, apesar de ter feito algumas escolhas erradas, como a opção pelo curso de jornalismo na faculdade. Nas horas vagas, se tornou o Superman, herói defensor deste e de outros planetas.
Quando o diretor Zack Snyder tomou para si a missão de recontar a origem do personagem no filme Man of Steel, de 2013, deixou pelo caminho boa parte da compreensão do que representa o Superman. Não entendeu quase nada, para a tristeza daqueles que passaram anos lendo os gibis mais medianos da DC.
De qualquer forma, o azulão foi defendido com certa dignidade pelo ator Henry Cavill. Um profissional esforçado, fazendo o possível dentro das limitações do próprio talento e também de um roteiro lamentável. O suplício teria vida longa, com outros filmes como o terrível Batman v Superman e o lamentável Liga da Justiça.
Com a cisão entre Snyder e a Warner, esse cantinho do universo DC nos cinemas foi sabiamente deixado para trás. Chegaram a ensaiar um retorno no filme do Adão Negro, com The Rock chegando a prometer um emprego para Cavill nos próximos anos.
Para nossa sorte, James Gunn, responsável por clássicos do cinema como Scooby-Doo e Guardiões da Galáxia, se tornou recentemente o novo chefão da divisão heroica do estúdio, uma espécie de Nick Fury da vida real. E uma de suas primeiras decisões foi destruir os sonhos de estabilidade profissional de Henry Cavill.
A frustração que o ator deve estar sentindo certamente é parecida com aquela que todos aqueles que já assistiram aos seus filmes sentiram alguma vez. Acontece nas melhores famílias. O que importa agora é que finalmente temos a oportunidade de olhar para frente.
Ou melhor, para o alto e avante, para encaixar aqui uma referência canônica que certamente fará os nerds mais antigos ficarem ainda mais constrangidos com este texto. Mas tergiverso. Meu ponto é que James Gunn tem uma oportunidade de ouro nas mãos: escalar um ator brasileiro para o papel de Superman.
O sucesso de Bruna Marquezine no filme do Besouro Azul, que ainda nem teve trailer lançado, mas já é uma coqueluche nas redes sociais, dá uma medida do tamanho do nosso comprometimento com os ídolos locais.
Se o engajamento brazuca pode fazer maravilhas por um personagem da sétima divisão da DC, imagine só pela joia da coroa. Gunn precisa olhar com carinho para alguns de nossos mais eloquentes representantes midiáticos.
O primeiro nome que me vem à cabeça é o de Arthur Aguiar, um fenômeno que atingiu seu ápice durante o BBB deste ano. Tem o mesmo tipo de carisma intrigante de Cavill, com o benefício indiscutível de contar com uma base de fãs ainda mais apaixonada que qualquer fanboy de quadrinhos.
Luan Santana também parece empenhado em repetir a trajetória de outros cantores como Frank Sinatra, Fábio Jr e Tiririca, procurando ocupar espaços na dramaturgia. Possui o mesmo topete de Christopher Reeve, até hoje considerado por muitos como o Homem de Aço definitivo.
Ligado em vídeo game e jogos de pôquer, Neymar também pode dar a volta por cima em uma nova função. Possivelmente aposentado da seleção brasileira, poderia utilizar seu know-how em blockbusters comandando um filme dessa envergadura. Talento cênico ele já comprovou ter em várias cavadas de falta, para delírio da torcida.
Talento é o que não falta aqui no Brasil, inclusive longe das competições de futebol. Então cabe a James Gunn ir na contramão de Tite e conceder ao povo brasileiro a honraria mundial enquanto novo Superman.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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