Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Ninguém quer casar de verdade em Casamento às Cegas 3
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O reality show no Brasil virou um meio de ascensão social. Tanto faz qual é o 'experimento' proposto pelo formato do programa em questão, o que importa é que os participantes estarão inevitavelmente interessados, na verdade, em ganhar seguidores, virar pauta de Instragram de fofoca e, com isso, talvez ter a alegria de sortear uns iPhones entre os fãs.
Essa impressão fica mais evidente após assistir aos quatro episódios iniciais da terceira temporada de Casamento às Cegas. E o efeito da sanha pela fama por parte do elenco é positivo. Pelo menos até aqui, trata-se da melhor edição da versão nacional do reality da Netflix.
Se estivessem no BBB, seriam todos classificados como terríveis vtzeiros. Criam frases de impacto e tentam garantir tempo de tela de maneira quase caricata de tão forçada.
Na fase das cabines que justificam o nome do programa, quando os pretensos casais conversam separados por uma parede, se tornou chavão abraçar o telão para "sentir" a presença do interlocutor. Essa rotina é repetida tantas vezes na atual temporada que ficou parecendo paródia.
A intensidade dos sentimentos positivos e negativos também parece fruto de um desejo não pelo outro, mas pela oportunidade de brilhar no streaming. Veja bem, apenas quem forma casal consegue uma vaguinha na edição final do reality, então se apaixonar perdidamente sem nenhum motivo aparente é um asset dos mais poderosos.
E não há nada de errado com isso. A entrega dos participantes garante um ótimo entretenimento, como se fosse um teatro de improviso realizado por aspirantes a influenciadores que agem como atores amadores. A Netflix aparentemente encontrou um ponto cego que o SATED-RJ não consegue embargar.
Mas no final das contas, o coração dos participantes é como a Blaze —difícil de saber quem é o verdadeiro dono. Ansioso pelos próximos episódios.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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