Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Caso Taylor Swift: sistema de vendas prejudica e humilha os verdadeiros fãs
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Urge uma mudança no sistema de venda de ingressos para os shows de grandes estrelas da música pop internacional que passam pelo Brasil. Aliás, seria de bom alvitre haver também uma reflexão no modus operandi da distribuição de lugares nos espetáculos de luminares do entretenimento local.
Veja o caso mais recente, da fundamental Taylor Swift, cuja bilheteria está sofrendo com todo tipo de polêmica. Um imbróglio envolvendo fãs da cantora versus os chamados cambistas, os profissionais que armam esquemas no intuito de comprar os convites para vender mais caro depois.
A fila para adquirir os ingressos no ambiente virtual chegou a ter mais de 1 milhão de pessoas na espera. Claro que Swift é popular, mas até que ponto essa extrapolação não é composta por curiosos e aventureiros que não são capazes de cantar meia estrofe de hits cujo nome desconheço?
É comum ficar com dó, ou eventualmente com raiva, dos adolescentes que passam dias, semanas, eventualmente meses acampados aguardando a abertura da bilheteria. Mas eles são vítimas de um sistema que precisa ser repensado.
Os verdadeiros fãs precisariam receber alguma vantagem por todo esse engajamento. Uma garantia de que terão a oportunidade de cantar e se esgoelar. Restringir a humilhação apenas para situações mais pontuais, como o inevitável uso de fraldas para não perder o lugar na grade do palco.
Por isso, acredito que para conseguir um lugar na fila seria necessário antes responder a um questionário provando que é realmente fã da Taylor Swift. Só isso já separaria os verdadeiros entusiastas da arte dos meros bandoleiros de emoções aleatórias.
.Os ingressos se esgotaram rapidamente na manhã desta segunda-feira, e muitos "swifties" ficarão de fora dessa grande festa. Uma pena, pois todo mundo deveria ter a oportunidade de exercitar o próprio mau gosto na plenitude durante a juventude.
Mas não há de ser nada. A frustração, assim como shows de música pop, também constrói memórias e molda caráter. Se a Taylor Swift nos ensinou alguma coisa, foi que histórias tristes também são histórias (estou supondo, nunca ouvi).
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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