Eliminado injustamente, Belo merece contrato fixo na Globo

Luciano Huck está fazendo um primoroso trabalho de casting no Domingão. Além da luminosa presença de dona Déa Lúcia, que se tornou uma presença fundamental nos finais de semana dos brasileiros ao lado de Lívia Andrade e Rafael Portugal, o Dança dos Famosos também contou com um elencaço nesta temporada.

O maior destaque, na minha humilde opinião, foi o resgate televisivo de Marcelo Pires Vieira, o popular Belo. E bota popular nisso —o cantor das multidões lota estádios e está entre as mais pedidas das rádios e aplicativos desde os idos dos anos 1990, de maneira ininterrupta.

E essa conexão com o público nem sempre foi devidamente aproveitada pela televisão. Enquanto artistas bem menos relevantes conseguiam emplacar sequências poderosas de participações em qualquer lugar, Belo ia construindo sua história muitas vezes à margem dos principais holofotes.

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A Dança dos Famosos foi perfeita para demonstrar o quanto ele é querido pela audiência. Um tanto desajeitado, nunca recebeu menos que a nota máxima por parte do público. Chegar tão longe na competição, mesmo com a cintura desprovida de suingue, só comprova que o pagode extrapola os limites da expressão —além dos méritos da extraordinária professora Camila Lobo.

Até por isso, acho que a eliminação foi injusta. Saber dançar é legal, mas na televisão o carisma deveria contar o dobro dos pontos.

Há anos que defendo que Belo é o maior cantor romântico deste país e deveria ser o sucessor natural de Roberto Carlos na programação de fim de ano da Globo. Que o sucesso dessa passagem pelo Domingão inspire os diretores da emissora. Se há um contrato fixo que vale à pena manter, certamente é do poeta.

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