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Opinião

A Grande Conquista: Rachel Sheherazade estava na função errada

Rachel Sheherazade chocou o país ao aceitar participar de A Fazenda no ano passado. Era o nome mais inesperado em um elenco que tinha Márcia Fu, André Gonçalves, o ex da Jojo Todynho e outras excelsas figuras, todas muito surpreendentes.

E ficamos ainda mais espantados ao vê-la sendo expulsa após uma altercação com Jenny Miranda, na época Gontijo, mãe de Bia Miranda. Isso quando era franca favorita ao título, com um discurso dentro do jogo que comoveu milhares de fãs.
Confesso que não me divertia muito com a postura de Rachel enquanto peoa de A Fazenda. O papo moralista sempre me afugentou em todos os realities que tive a oportunidade de assistir. Mas nada contra, uma parte relevante da audiência abraça e apoia.

De qualquer forma, achei interessantíssimo quando ela saiu de cena e permitiu que o jogo permanecesse aberto, com seus aliados e até alguns adversários disputando o espaço que seria dela no topo.

Mas no final das contas, a verdade é que Rachel Sheherazade estava na função errada esse tempo todo. Não era para ser participante de reality show, mas a apresentadora. Ela ganhou essa chance na segunda temporada de A Grande Conquista, que estreou nesta segunda-feira, e fez um trabalho que eu classificaria positivamente como subótimo.

Conseguiu ser bastante convincente lendo o texto padrão dos programas do gênero na Record. E foi especialmente firme e tranquila nas interações com os participantes. Tudo muito coeso para uma estreia.

Claro que existem pontos para melhorar— senti falta de uma modulação melhor nas interjeições e emoções que o texto tenta inspirar, um desafio compreensível, já que é algo muito distante dos editoriais que ela entregava nos telejornais. E foi impossível não perceber uma certa insegurança nos trechos ao vivo— o que me parece ser plenamente superável ao longo dos próximos dias.

No saldo geral, foi uma primeira experiência positiva de Rachel no comando de um programa de entretenimento— muito mais positiva do que como participante, diga-se de passagem. Observando o elenco de A Grande Conquista com uma centena de desprendidos cidadãos desesperados por holofotes, ela tem a oportunidade de brilhar em uma função que anda bem mais carente de bons representantes.

Voltamos a qualquer momento com novas informações.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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