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Opinião

Galvão faz muito mais falta que Neymar em jogos da seleção

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Luís Roberto é um exímio profissional! Narrador carismático, cheio de traquejo, um dos melhores de todos os tempos. Faz a festa da torcida com seus bordões e tradicional simpatia. Está fazendo um trabalho extraordinário como principal nome das transmissões esportivas da Globo.

Mas como faz falta Galvão Bueno enquanto crooner do apocalipse futebolístico quando a seleção brasileira entra em campo. Especialmente quando ela vai mal!

Ao longo das últimas décadas, a voz aveludada de Galvão se tornou o subconsciente desportivo dessa nação. Ainda é incômoda, desconfortável, a sua ausência no cotidiano das principais competições.

Na noite desta segunda-feira (24), o escrete canarinho cometeu uma estreia pavorosa na Copa América. Empatou com a Costa Rica, e parecia que cada jogador brasileiro tinha ido jogar truco com uma regra diferente.

No calor da emoção, frente à frustração da performance, houve quem garantisse que tudo seria diferente caso Neymar estivesse jogando, em vez de assistindo na arquibancada. Mas nenhuma ausência foi mais sentida do que a do Galvão Bueno.

As críticas da equipe da Globo foram justas, ainda que moderadas. Fez falta a ternura devastadora com a qual Galvão tratava o time. Tentando estimulá-lo com críticas nem sempre ponderadas, mas muito argutas. Uma saborosa sensação iminente de fim do mundo.

Como prêmio de consolação, a audiência pode agora se refestelar com análises do narrador em suas redes sociais. Alguns minutos depois da disputa, de frente a uma lareira em uma sala aconchegante, Galvão já havia publicado suas observações.

Com os olhos arregalados e o cenho franzido, iniciou a pensata já questionando a singularidade do resultado. "Zero a zero Brasil e Costa Rica. Isso é normal? Não é." E sem você, querido Galvão, nunca será.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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