Fracasso de Deadpool & Wolverine pode mudar o cinema como conhecemos
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A turnê de Deadpool & Wolverine no Brasil dá a dimensão da importância do filme para o futuro de Hollywood. Em um período complicado para as bilheterias de grandes produções, o nível de sucesso (ou fracasso) do filme ditará os rumos da indústria. Ainda é viável produzir filmes de orçamento escalafobético? Como será a relação com a distribuição por streaming, que também vive momentos de crise?
Fato é que a Marvel não pode errar de novo. Desde o quarto filme dos Vingadores, viu sua popularidade cair vertiginosamente e a discussão deixou de ser "qual vai ser a próxima palhaçada que vamos acompanhar nos cinemas" para se tornar "será que realmente gostamos tanto de super-heróis?"
O universo cinematográfico inspirado nos personagens da editora de quadrinhos ainda rendem muito dinheiro, claro, mas também custam bastante. Houve uma profusão de lançamentos seguidos, incluindo aventuras de herois menos populares e também séries medonhas no streaming.
A terceira vinda de Ryan Reynolds como Deadpool é uma aposta diferente da Disney: mais boca suja que a média, como demonstram os trailers, e com o retorno de Hugh Jackman depois de uma suposta aposentadoria como Wolverine no longínquo ano de 2017. Ambos os personagens são espólios da Fox, detentora do cercadinho dos X-Men nos cinemas até ser adquirida pela Disney, que por sua vez é a proprietária da Marvel desde 2009.
Mas também é uma aposta confortável. Os dois protagonistas são atores amados pelo público há muitos anos. E os dois personagens estão entre as propriedades intelectuais mais valiosas da pós-modernidade radical em que vivemos. Se isso fracassar, o que poderá suceder?
A Disney parece não ter curiosidade para descobrir a resposta, e procura cobrir qualquer brecha com a campanha de marketing mais agressiva que se tem notícia, chegando a lembrar a cativante Bia do Brás fazendo merchans em momentos inusitados do BBB 24. E o Brasil do Brasil está nessa rota, como podemos acompanhar nos últimos dias. Danados!
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