Olimpíada: A CazéTV é de graça, mas não é pra todo mundo
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Estou adorando acompanhar partes da Olimpíada pela CazéTV. Mesmo com a Globo investindo alto na informalidade da cobertura, a CazéTV sempre dá um jeito de dobrar a aposta.
Costuma ser positiva a possibilidade de concorrência. Faz com que todo mundo busque ficar atualizado e em busca de uma maior conexão com a audiência. A CazéTV é digital, disponível de graça no YouTube.
Não é um alcance sequer parecido com a TV aberta, ainda mais se a TV aberta é a Globo. Mas ajuda a democratizar o acesso à Olimpíada e permite que o público escolha qual tipo de abordagem prefere acompanhar.
O clima de "turma do fundão" que acabou se tornando uma marca da emissora nem sempre é justo. Hoje existem outras iniciativas que se aproximam mais da cobertura tradicional, como o ótimo Tamo em Paris da Fernanda Gentil, além das transmissões exuberantes de talentos em ascensão como Luís Felipe Freitas e outros.
Ainda assim, resiste a imagem de uma cobertura do streamer Casimiro Miguel com seus amigos. E isso ajuda no marketing, mas afasta quem não se sente parte da galera.
Olimpíada é esse momento mágico em que vários esportes nem tão populares furam as próprias bolhas e conseguem falar com uma audiência global gigantesca. Veja o caso do surfe, que teve audiência de novela das 21h da Globo ao ser transmitido? Bom, no horário de novela das 21h da Globo.
Mas o evento por si só atrai olhares curiosos de milhões e milhões de pessoas pouco afeitas a essas modalidades. E consequentemente também para quem está transmitindo. Em certa medida, a CazéTV está furando a bolha da mesma forma que a canoagem slalom ou o skate park.
Seria mais confortável fazer uma cobertura protocolar, sem muita personalidade. Um repórter como o humorista Diogo Defante e um programa como o polêmico Zona Olímpica acabam causando ruídos para quem não é contemplado como público-alvo dessa linha editorial.
De qualquer forma, acho válida e interessante a existência de um ponto de vista bem estabelecido em qualquer cobertura. Mas seria incrível ter outros olhares, quem sabe em uma diversidade maior de meios de transmissão, em eventos desse porte no futuro.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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