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Opinião

A TV brasileira pode mudar para sempre com Estrela da Casa

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Entendo que essa primeira temporada de Estrela da Casa que estreia hoje serve como um teste. A duração de 50 dias é uma maneira de avaliar a receptividade do público para um novo reality show de confinamento na Globo.

A emissora chegou a tentar fazer duas edições do BBB logo na sequência: as temporadas 1 e 2 do reality foram exibidas com poucos meses de distância em 2002. Depois preferiram manter o plano de apenas um BBB por ano.

Por mais que existam comparações constantes com o Fama, o The Voice e outros programas de calouros, a verdade é que o Estrela da Casa pende mais para o lado do BBB. A aposta principal é no engajamento provocado pelas agruras do confinamento com vigilância 24h.

Se for bem-sucedido, não tenha dúvidas de que o cronograma da TV brasileira será profundamente transformado nos próximos anos. Temporadas mais longas podem inclusive acabar empurrando atrações de canais concorrentes para outros períodos do ano. Não é só a grade da Globo que é organizada de acordo com o BBB.

A aposta vale a pena. A TV aberta ainda é o grande balizador dos assuntos do momento, trazendo diferentes tribos para discutir uma mesma coisa. E o BBB foi até aqui o último grande aglutinador, tanto sob o ponto de vista da repercussão do conteúdo quanto também do mercado publicitário.

Ao replicar esse modelo em um novo formato, focando especificamente em cantores, mas com as situações típicas do reality de confinamento, a Globo tenta prolongar o efeito BBB no segundo semestre. Agora é aguardar para ver se o público vai entrar no ritmo.

Voltamos a qualquer momento com novas informações.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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