Morre Xênia Bier, primeira feminista assumida da TV brasileira, aos 85 anos
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Resumo da notícia
- Apresentadora teve passagens por Band, Globo e Gazeta
- Xênia foi a primeira mulher a comandar programas de rádio e TV no país, segundo a filha
- Família não revelou a causa da morte
Morreu nesta segunda-feira (24), aos 85 anos, Xênia Bier, famosa comentarista de programas femininos, que fez carreira no programa "Mulheres", da TV Gazeta, e comandou programas na Band.
A família não revelou a causa da morte, confirmada pela filha, Daniela Bier. "Minha mãe foi a primeira mulher do Brasil a ter um programa de rádio e TV. Tenho muito orgulho de sua história", afirmou.
Apesar de conhecida como Xênia, o nome verdadeiro da artista era Vilma. Ela sofria com complicações relacionadas ao Alzheimer e estava internada havia 15 dias.
Xênia começou no finalzinho da década de 50, na TV Cultura, de São Paulo, que na época pertencia ao grupo de Assis Chateaubriand, e apresentava-se ao lado dos importantes jornalistas Ney Gonçalves Dias, do produtor Fausto Rocha e de Jacinto Figueira Jr., o famoso Homem do Sapato Branco. Logo ela passou a ser a apresentadora exclusiva do programa "Light Convida", programa feminino comum repleto de temas e entrevistas polêmicas.
Xênia também quis ser atriz e fez as novelas "As Professorinhas", "Escrava do Silêncio", "O Moço Loiro", na TV Cultura.
Na Band, comandou o "Xênia e Você". Depois, foi para a Rede Globo, quando esta lançou o famoso programa "TV Mulher". Na época, ficou famosa por atitudes como jogar moedas na direção de Marília Gabriela. Também passou pela TV Manchete, onde esteve à frente do "Mulher 88".
Em seguida, foi para a TV Gazeta, e fez o programa "Mulheres", no qual seus fortes comentários causavam comoção na época. Na época, ela chegava a bater na mesa com a mão quando ficava brava. Por causa de suas opiniões, ganhou colunas em revistas como "Contigo!" e "Ana Maria".
No rádio, passou pela Bandeirantes e Capital.
Considerada a primeira feminista assumida da televisão brasileira, chegou a afirmar em entrevista: "Fui fichada como 'cadela soviética'. Vocês têm que me respeitar, vocês não conhecem minha história".
Xênia terá o corpo cremado no cemitério da Vila Alpina, em São Paulo, em cerimônia íntima.
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