Assim como Carmen Miranda, Anitta precisa ser mais valorizada pelo Brasil
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Resumo da notícia
- Nenhum artista pop brasileiro chegou tão longe quanto a funkeira no exterior
- Cantora já fez pelo menos uma dezena de parcerias internacionais, entre elas, Madonna
- Anitta parece seguir os passos de Carmen Miranda em versão moderna e com autonomia
Não é exatamente inédito que brasileiros consigam carreiras bem sucedidas no exterior. Rodrigo Santoro e Alice Braga, por exemplo, ganharam papéis no cinema e em séries dos Estados Unidos. Marco Pigossi já emplacou dois papéis em produções da Netflix fora do país. No mundo da música, no entanto, romper essa barreira parece mais difícil. Claudia Leitte, Sandy & Jr. e Ivete Sangalo chegaram a se arriscar, sem grande continuidade em suas tentativas. Michel Teló viu "Ai, Se Eu Te Pego" virar hit no verão europeu, mas parece ter preferido investir no mercado nacional. Anitta, no entanto, mostrou persistência. E mais do que isso: provou ter um projeto a longo prazo.
Depois de estourar no Brasil, a cantora decidiu levar o funk para além de nossas fronteiras. Extremamente consciente de cada passo de sua carreira, passou a investir em parcerias que lhe apresentassem a novos mercados. Já cantou com Iggy Azalea, Major Lazer, Maluma, J. Balvin, Sean Paul, Alesso, Snoop Dogg e Madonna. Tocou em países como Colômbia, onde fez parceria também com Greeicy, e na Itália, onde seu feat com Fred de Palma emplacou nas paradas. Agora, acaba de lançar um novo trabalho, "Me Gusta", em conjunto com Cardi B e Mike Towers.
Não bastassem todas as parcerias internacionais, ainda conseguiu aparecer em programas americanos muito populares, como o talk de Jimmy Fallon. Goste-se ou não de Anitta, é preciso admitir: nenhum artista pop brasileiro chegou tão longe. Obviamente, alguns nomes de nossa MPB chegaram a fazer grandes shows lá fora, mas nenhum obteve tamanha penetração no mainstream. Semelhante a Anitta somente Carmen Miranda (1909-1955), que, apesar de nascida portuguesa, era considerada brasileira.
A "brazilian bombshell", como era chamada pela imprensa de sua época, entrou nas paradas de sucesso, atuou no cinema e se apresentou em talk shows - morreu pouco depois de dar entrevista a um deles, inclusive. Foi além de Anitta, mas não tinha a autonomia que a carioca possui atualmente, já que os tempos eram outros. Assim como Carmen, Anitta precisa ser mais valorizada pelos brasileiros.
A questão aqui não é gostar ou não de sua música. É ver o Brasil bem representado por uma artista completamente focada em emplacar uma carreira internacional sem medo de mostrar sua ambição. E os clipes e apresentações caprichadas dão prova disso: Anitta quer levar nossa cultura pop para o mundo. E há de conseguir.
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