Márcia Dantas assume o 'SBT Brasil': 'Não há competição com Sheherazade'
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Resumo da notícia
- Jornalista afirma que não chegou a conviver com Rachel Sheherazade, mas deseja sorte para a colega
- Apresentadora conta que sua carreira mudou depois que participou do "Programa Silvio Santos"
- Para Márcia, maior desafio agora é conquistar os telespectadores do telejornal noturno
Com a saída de Rachel Sheherazade do SBT, coube a Márcia Dantas assumir a bancada do "SBT Brasil", como havia adiantado a coluna. Vinda de Belém, no Pará, a jornalista chamou atenção no "Primeiro Impacto", onde era repórter. Depois de ganhar a simpatia de Silvio Santos, foi promovida a apresentadora do matinal e, posteriormente, encaminhada para o telejornal para substituir a âncora titular em suas folgas e férias.
Embora evite dizer que está em definitivo no comando do "SBT Brasil"- rumores dão conta de que outros nomes da concorrência chegaram a ser sondados -, Márcia sabe que tem pela frente uma grande oportunidade e faz planos para o futuro na atração. Ela conversou com a coluna.
Está ansiosa com a nova fase agora fixa na bancada do "SBT Brasil"? Bateu nervosismo?
Ah, ansiosa eu sou desde que nasci. (risos) Mas a equipe me recebeu tão bem, me deixou tão à vontade, que não deu nervosismo. Marcelo Torres me ajudou muito a quebrar o gelo e a colocar minha essência também na bancada.
Como você avalia a transição do jornalismo popular para o telejornal noturno?
Foi uma transição natural. Eu amo fazer os dois. O "Primeiro Impacto" me deu experiência e poder de improviso, num jornal com mais de três horas de duração. O telespectador começou a conhecer quem era a Márcia ali, não só a jornalista. Os comentários opinativos e as diversas vezes que me emocionei me aproximaram do público. Agora, quando me veem na bancada, alguns ainda pedem para eu sorrir mais. (risos) Estão acostumando ainda, mas acredito que seja uma questão de tempo.
O legal é que eu comecei na rua e fui crescendo. O público acompanhou tudo isso. Não foi alguém de fora que ocupou a bancada. Acredito que a aceitação, por isso, seja mais fácil.
Sente falta dos tempos de "Primeiro Impacto"?
O "Primeiro Impacto" foi um grande aprendizado. Sinto falta dos amigos da equipe. Mas agora estou fazendo novos amigos.
Do que você teve de abdicar em nome do jornalismo? Li que você deixou a família em outra cidade, abriu mão de cargo estável, trabalhou de madrugada. Conta um pouco da sua história.
Abdiquei de uma vida estável em Belém do Pará. Um salário bom, a família perto. Mas comecei a adoecer mentalmente por diversos motivos. Por pressão estética, tive compulsão alimentar, depressão. Não conseguia ficar mais num emprego que não me desafiava e não aprendia algo novo. Com 27 anos, era apresentadora do jornal local e repórter de rede, não tinha mais para onde crescer. Foi aí que larguei tudo e vim para São Paulo. Sem emprego. O começo foi duro. Ouvi vários "nãos", mas acredito que tudo que passei me preparou para a pessoa e profissional que sou hoje.
Chegou a recusar trabalho em outras emissoras?
Cheguei a recusar quando era repórter, porque sempre acreditei que teria um espaço maior no SBT. Aqui me sinto em casa. Sempre valorizaram o meu trabalho. E foi o que aconteceu.
Chegou a conversar com a Rachel Sheherazade sobre a saída dela da emissora? Como é a relação de vocês?
Não cheguei a trabalhar com a Raquel. Tivemos um rápido contato numa participação do programa da Eliana.
Rachel sempre foi simpática comigo. Não existia nenhum tipo de competição entre nós. Desejo sorte a ela nessa nova fase.
Qual o maior desafio que considera que terá pela frente agora?
O maior desafio é consolidar a imagem no jornal. Fazer com que as pessoas me tenham como alguém de confiança ali, todos os dias.
Já conheceu Silvio Santos?
Conheci o Silvio no ano passado. Participei do "Jogo das Três Pistas". Foi maravilhoso. Realizei um sonho de vida. Ele não me conhecia pessoalmente e, com certeza, depois do programa, a minha carreira no SBT mudou para melhor. Ele começou a prestar atenção no meu trabalho. Tentei ser espontânea ao máximo, é o que ele gosta. E parece que deu certo.
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