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'Bom Dia, Verônica': Conheça as diferenças entre livro e série (SPOILER!)

Tainá Muller em "Bom Dia, Verônica", da Netflix - SUZANNA TIERIE/NETFLIX
Tainá Muller em "Bom Dia, Verônica", da Netflix Imagem: SUZANNA TIERIE/NETFLIX

Colunista do UOL

05/10/2020 08h40

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Resumo da notícia

  • Nova produção da Netflix é baseada no romance de Raphael Montes e Ilana Casoy
  • A adaptação, no entanto, promoveu algumas mudanças e criou novos personagens
  • A coluna lista nove diferenças entre o livro e a série, mas atenção: tem spoiler! Só leia se já assistiu a tudo!

Estreia da Netflix neste final de semana, "Bom Dia, Verônica" é, de longe uma das melhores produções nacionais da plataforma e oferece grande papéis a Tainá Muller, Camila Morgado e Du Moscovis - em breve, a coluna publica sua crítica. Adaptada do livro homônimo escrito por Raphael Montes e Ilana Casoy - que publicaram o romance sob o pseudônimo Andrea Killmore -, a série policial tem diferenças significativas em relação à obra original.

No geral, as tramas abordadas são as mesmas, mas, corajosamente, os autores, também envolvidos com o seriado, abriram mão de alguns detalhes importantes na adaptação. A coluna lista as principais diferenças a seguir, mas atenção: HÁ SPOILERS.

A PRIMEIRA MORTE

Logo no começo da história, Verônica vê uma mulher se matar dentro da delegacia em que trabalha, logo depois de procurar seu chefe. Na série tudo acontece a partir de uma tensa cena de ação, quando ela consegue a arma de um homem que tenta matar um rival e dá um tiro na própria cabeça. No livro, Marta, a personagem, se joga pela janela, na frente da protagonista, que, traumatizada, decide investigar o caso.

NECROFILIA

Talvez a Netflix tenha achado o tema muito forte para ser abordado, mas, no livro, as vítimas de um sedutor da internet - uma das duas investigações nas quais Verônica trabalha em paralelo -, têm todas feridas na boca. A causa, descobre-se, é um fungo, presente apenas em cadáveres. A escrivã da polícia descobre que o golpista é necrófilo e costuma se filmar abusando de cadáveres. Na série, as feridas são atribuídas a um ácido para marcar as mulheres com quem se encontra. Toda a trama da necrofilia cai por terra.

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Anitta, personagem de Elisa Volpatto, só existe no seriado da Netflix
Imagem: SUZANNA TIERIE/NETFLIX

A PERSONAGEM QUE NÃO EXISTE

Grande rival de Verônica, Anita, vivida por Elisa Volpatto, não existe no livro. A delegada, que a todo custo tenta emperrar as investigações da protagonista, foi criada especialmente para a série de TV - muito provavelmente para justifica um gancho para uma possível segunda temporada.

A ORGANIZAÇÃO QUE NÃO EXISTE

Assim como Anita, uma organização chamada "Cosme e Damião" não existe no livro. Na série, há uma grande infiltração de um grupo na polícia, no judiciário e na política. Tal organização, da qual Anita faz parte, mandaria secretamente em tudo, com um grande esquema de corrupção. Até mesmo o delegado geral, interpretado por José Rubens Chachá faz parte dela. O seriado termina com Verônica, sob nova identidade, prometendo desmantelar o grupo, criando um gancho para novas histórias.

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Na série, Verônica (Tainá Muller) não precisa investigar os casos escondida
Imagem: SUZANNA TIERIE/NETFLIX

A POLICIAL QUE NÃO PODE INVESTIGAR

Enquanto na série Verônica é liberada para participar ativamente de investigações, no livro ela é terminantemente proibida de se envolver com qualquer caso. A escrivã da polícia decide investigar escondida e à revelia os dois casos - do sedutor da internet e do serial killer policial.

O MARIDO INFIEL

Na produção da Netflix, o marido de Verônica, vivido por César Mello, é um homem inteiramente dedicado à família e apaixonado, no livro a situação é bem diferente. A policial descobre que ele tem uma amante há anos. E, quando decide assumir nova identidade, sabe que que ele já terá superado o luto e ficará livre para oficializar a relação.

A FAMÍLIA DE JANETE

No livro, Janete (Camila Morgado) faz referência às irmãs, todas casadas, e afirma que a mãe já morreu. Na série, uma irmã, solteira, Janice (a ótima e carismática Marina Provenzzano) faz uma visita surpresa à esposa de Brandão (Du Moscovis). Ela acaba sob a mira do revólver do cunhado e, por pouco, não perde a vida. E passa a ter medo de ajudar a irmã, vítima de violência doméstica, em um relacionamento abusivo.

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Janete (Camila Morgado) aliciando uma das vítimas de Brandão (Du Moscovis)
Imagem: Divulgação

A TORTURA

Apesar de a série mostrar como Brandão pendura suas vítimas, ela deixa de lado outras formas de abuso. O policial não só estupra algumas das mulheres que sequestra, como também usa objetos sexuais nelas. A morte de Brandão, aliás, tem leves diferenças em relação ao livro, mas, no geral, é melhor na TV.

A MORTE DO SEDUTOR BARATO

No livro, Gregório, o sedutor da internet, tem um desfecho bem diferente do seriado. No romance, ele é descoberto por Verônica, que o filma abusando de cadáveres e também o dopa. Por causa disso, passa a chantageá-lo. Pede para que ele consiga veneno, que ajude com a nova identidade. No final do livro, ele desmaia ao visitar a escrivã da polícia, que o seda com clorofórmio, e é jogado do alto de um prédio. Na TV, a protagonista se disfarça de garçonete e lhe dá uma taça de espumante envenenada.