Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
'BBB 21': Eliminar Carla Diaz é reforçar machismo do qual a atriz é alvo
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As parciais de enquetes do paredão desta terça-feira (23) no "BBB 21" apontam para uma disputa apertada entre Carla e Rodolffo. Antes acolhida pelo público, a ex-chiquitita agora colhe os frutos de ter frustrado parte da audiência com seu retorno na falsa eliminação. Para muitos, a atriz deveria ter se voltado contra Arthur tão logo voltou para a casa. Esquecem de um detalhe, no entanto: no período em que ficou no quarto secreto, Carla, de fato, não viu o então namorado falando mal dela na intensidade que viu outras pessoas.
Não há como negar: a artista é muito preocupada com sua imagem. Foge de conflito a todo tempo e engole a seco muitos desaforos. Da mesma maneira, ainda que tente se impor, acaba por baixar a cabeça para os mandos e desmandos de Arthur, que não esconde, por vezes, a repulsa que tem da namorada. Dá angústia ver Carla presa em uma relação que só lhe faz mal, sem que desperte para isso. Aos poucos, no entanto, alguma autoestima parece surgir na atriz.
Seria justo, portanto, que ela deixasse a casa mais vigiada do Brasil, na qual luta por um prêmio, antes de quem tem afundado seu jogo? Ou melhor: seria justo que Carla seja eliminada antes de seus algozes? Não só boa parte do público torce para que Arthur seja logo tirado do jogo, como também entende que determinadas atitudes de Rodolffo são extremamente nocivas.
Para além da homofobia do qual o sertanejo é acusado, foi ele também o responsável por indicar Carla ao paredão de maneira extremamente machista, apontando que ela seria desleal com Arthur e que não merecia a confiança do próprio namorado. Foi um discurso pesado, desnecessário e, sim, repete-se, extremamente machista.
É, no mínimo, curioso, que Carla, que evita falar mal das pessoas pelas costas, procura se comportar bem e não incorre em erros como Arthur e Rodolffo corra o grande risco de sair do programa apenas por ter se apaixonado e não conseguir se livrar de uma relação tóxica na hora em que todos esperam. Há uma clara inversão de papeis nesse paredão. É preciso distinguir algoz e vítima. E mais do que nunca: não se pode reproduzir aqui fora o machismo lá de dentro.
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