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'BBB 22': Expulsão de Maria não é licença para linchamento

Maria deixou a casa do "BBB" nesta terça-feira (15) após bater balde na cabeça de Natália  - Reprodução / Internet
Maria deixou a casa do "BBB" nesta terça-feira (15) após bater balde na cabeça de Natália Imagem: Reprodução / Internet

Colunista do UOL

15/02/2022 13h05Atualizada em 15/02/2022 15h24

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A cena em que Maria bate na cabeça de Natália com um balde durante o jogo da discórdia do "BBB 22" causou espanto em boa parte do país. Nas redes sociais, houve clamor para que a atriz fosse punida e pressão sobre os participantes. E tamanho barulho fez com que a Globo revisse a sua decisão de deixar que ela permanecesse na casa mais vigiada do país, como sinalizado por Tadeu Schmidt durante o programa ao vivo.

Na manhã desta terça-feira (15), Maria foi expulsa. Entrou para um hall em que figuram nomes como Ana Paula Renault e Hariany Almeida. O paredão desta noite segue mantido.

Splash Vê TV comenta a expulsão de Maria do 'BBB 22'

O clamor pela punição de Maria se justifica. A própria participante, em conversa com Vyni, se mostrou surpresa com sua agressividade e assumiu que passou do ponto, ainda que tenha sustentado que o balde "escorregou" de sua mão. Na semana anterior, ela colou com muita força um card na testa de Arthur Aguiar. Há, nitidamente, uma questão que precisa ser lidada, e ela a enfrentará da maneira que julgar melhor aqui fora.

O que não se justifica é que o pedido para que as regras de um jogo sejam cumpridas torne-se uma onda de linchamento. Nas redes sociais, são muitas as mensagens passando do ponto, efetuando julgamentos que envolvem o trabalho ou a condição de Maria no mundo. Não se justifica. Por mais obcecado pelo "BBB" que seja o brasileiro, alguma lição precisa ter sido aprendida com a última temporada.

A expulsão de Maria não pode - e não deve - virar força motriz para uma catarse motivada pelo ódio, assim como ocorreu como Karol Conká. É preciso que haja crítica, mas também discernimento para entender que a vida continua aqui fora. A atriz vai precisar de autocrítica, sim, mas também de acolhimento para lidar com essas questões. E tornar-se alvo de ataques que ultrapassam qualquer limite do razoável está longe de ser a solução.

Maria errou, sim. Mas o público não pode cometer um erro maior ainda direcionando a ela um ódio desmedido. Há que se pensar. Que ela e Natália - agora oficialmente uma das favoritas ao prêmio - fiquem bem.