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Presença de Lina no 'BBB' foi marco histórico e eliminação uma injustiça
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Quando entrou no "BBB 11", Ariadna Arantes teve a presença encarada como marco histórico. Não foi. Ledo engano. A modelo foi colocada dentro do programa com um pretexto "iludir" os homens da casa ao se envolver com eles, diziam declarações da produção do reality na época. Por isso, teve vida curta no programa: durou apenas uma semana, alvo de transfobia desde o princípio. Passaram 11 anos para que a atração da Globo entendesse a importância de ter uma travesti em rede nacional.
Talvez por isso Lina tenha se segurado tanto durante todo o jogo. Não havia precedente. parecia impossível que o Brasil se apaixonasse por uma travesti. Mas é importante dizer: boa parte do país torceu por ela. E queria mais. Num "BBB" de dissimulados e falsos bons moços, Lina parecia a grande rival do favorito, Arthur Aguiar. Acabou vítima de uma tremenda transfobia nos últimos dois dias. Uma lição, pelo menos, foi ensinada: a importância do pronome correto, de validar uma existência que não se esconde. Mulheres trans são mulheres. Não há discussão quanto a isso.
Faltou a Lina ser mais combativa, ser mais empenhada nas estratégias. O que não faltou, no entanto, foi representatividade. Sua eliminação foi injusta, especialmente perto de alguém como Eliezer, que se escondeu na sombra de outros durante todo o jogo. Ela deixa o "BBB" para fazer história. Sai do programa maior do que entrou. E será lembrada para sempre.
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