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'Vilão' de 'No Limite', Matheus Pires deveria ter nova chance no 'BBB'

No Limite: Matheus Pires mente sobre nome e profissão em apresentação para tribo - Reprodução/Globoplay
No Limite: Matheus Pires mente sobre nome e profissão em apresentação para tribo Imagem: Reprodução/Globoplay

Colunista do UOL

09/06/2022 12h03

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Tão logo começou "No Limite", houve muito receio por parte dos fãs de reality show de que, mais uma vez, o elenco entrasse no jogo para posar de santo e pensar na imagem como influenciador. Para alívio geral, Matheus Pires provou a todos o contrário. Já no primeiro episódio, apresentou-se como "Pires" para o grupo e afirmou estar desempregado, "na labuta, atrás de um emprego". Pouco depois, em depoimento longe dos colegas, revelou: "Ninguém me chama de Pires, todo mundo me chama de Matheus. O que eu estou fazendo aqui é montar um personagem. Eu não estou sendo eu, o Matheus que está lá fora". Além disso, contou que tinha acabado de ser promovido e não estava em busca de emprego.

O que o diretor pedagógico mostrou já de cara foi que, sem interferência do público, seu avanço no programa se daria única e exclusivamente com base no modo como interagia com seus companheiros, o chamado jogo social. Não raro, o rapaz é visto fazendo caras e bocas escondido, não aguentando as poses dos colegas. Ao trocar de tribo, indo da Sol para a Lua no episódio desta semana, ele foi taxativo: "Eu estava de saco cheio da alegria". Ao ver Patrícia ser eliminada, avaliou seu desempenho: "Café com leite".

Matheus mostrou que não está no "No Limite" a passeio. Nas primeiras eliminações, ao perceber que era alvo, forçou a saída de outros participantes manipulando a situação. Comprometido em relacionamento aberto, partiu para seduzir alguns dos rapazes da turma. Há alguns episódios, beijou Lucas. No capítulo desta terça-feira (7), descobriu que Ipojucan é bissexual e Victor Hugo é gay. "Se eu tiver de jogar meu charme para que as pessoas fiquem do meu lado, eu vou usar todas as armas possíveis", disse.

O que o carioca tem mostrado em sua passagem pelo reality é um entendimento claro de que essa realidade é paralela e alheia à sua vida pessoal. Ali seu trabalho é ganhar um prêmio. Custe o que custar. E é exatamente esse o perfil de participante que deveria ser escalado para o "Big Brother Brasil". No "BBB 21", ao eliminar Viih Tube, Tiago Leifert afirmou que faltou ela combinar com o público as vezes que dissimulou dentro da casa. Matheus tem feito exatamente isso no programa de sobrevivência. Na casa mais vigiada do país, teria grandes chances de ser considerado vilão, mas, com um jogo social tão bom, poderia facilmente também virar um forte candidato aos olhos do público.

Talvez ele mereça uma segunda chance, caso não seja o campeão - deveria, inclusive. Talvez seja a hora de o "BBB" escalar quem já teve participação prévia em outros programas do gênero. Fica a dica.