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Exibição de estupro de grávida sem tarja termina sem punição na Jovem Pan
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Apesar da revolta e das críticas nas redes sociais, a Jovem Pan decidiu não punir nenhum profissional pela exibição de maneira explícita das cenas em que o anestesista Giovanni Quintella Bezerra estuprava uma mulher durante o parto.
As imagens foram ao ar dentro do "Jornal Jovem Pan", na noite de segunda-feira (11), por volta das 20h30.
A coluna apurou que, após a repercussão, a emissora decidiu tirar o vídeo do ar de seu site. Internamente, houve apenas o entendimento de que foi um "descuido da produção", uma vez que outros jornais da casa optaram por exibir a cena com desfoque. Sendo assim, ninguém foi punido, ocorreu apenas uma conversa com os envolvidos.
É importante dizer o óbvio: Em crimes bárbaros como este, a vítima tem todo o direito à preservação de sua imagem, intimidade e identidade.
Nesta quarta-feira (13), durante a exibição do programa "Morning Show", um grupo de manifestantes organizou um protesto na porta da emissora para criticar a abordagem dos crimes envolvendo mulheres. A acusação de alguns era de apologia ao estupro.
Procurada desde a última terça-feira (12), a assessoria de imprensa da Jovem Pan não se manifestou.
ATUALIZAÇÃO: Até então em silêncio sobre o caso, a assessoria de imprensa da Jovem Pan acaba de enviar comunicado à coluna admitindo que não usou desfoque, mas nega ter exposto a vítima. O comunicado, no entanto, não explica porque, então o vídeo foi retirado do ar do site da emissora.
Diz ele: "Ao contrário do que foi noticiado por alguns sites, as imagens exibidas pela Jovem Pan na última segunda-feira (11) não expõem a vítima de estupro cometido pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra. Durante a entrada ao vivo de repórter com atualizações do caso, exibimos trecho de vídeo gravado pelos denunciantes do crime. Essas imagens, mesmo sem o blur, não revelam a identidade e a imagem da da vítima, além de não mostrarem explicitamente o ato violento. Desde que o caso foi revelado, a Jovem Pan adotou os cuidados necessários para exercer o trabalho de informar e preservar os direitos da vítima, como é praxe em situações como essa. A Jovem Pan repudia o ato criminoso e confia que as autoridades cumprirão com o dever de investigar e punir o responsável pelas atrocidades denunciadas, garantindo assim que as vítimas consigam justiça".
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