Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Ao contrário de 2018, famosos viram peças fundamentais para eleição
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Se em 2018 qualquer famoso que se manifestasse era atacado com expressões envolvendo a lei Rouanet ou frases como "mamar na teta do governo", neste ano o jogo parece ter virado. Não são poucas as celebridades que decidiram não só manifestar o voto, mas também entrar para o debate público acerca do rumo do país.
Nesta segunda-feira (26), por exemplo, Caetano Veloso, que antes se declarou apoiador de Ciro Gomes, publicou vídeo com a hashtag #TiraGomes, pedindo para que o político desistisse de sua candidatura. Movimento parecido fez Tico Santa Cruz, que até então havia declarado seu voto em Ciro e anunciou mudança de rumo em prol da resolução em um primeiro turno.
Apesar da pressão do mercado para que famosos silenciassem sobre questões políticas, o empecilho financeiro pareceu facilmente superado até mesmo no nicho dos influenciadores. De Luisa Sonza a Pequena Lo, todos fizeram questão de manifestar apoio a seus candidatos. Grandes nomes como Anitta, Ludmilla e Felipe Neto também. Nem todos, claro, sentem-se confortáveis para tornar suas preferências públicas. Convocadas a participar da campanha #EleNão por Anitta há quatro anos, Cláudia Leitte e Ivete Sangalo seguem em silêncio, por exemplo.
Entusiastas do atual governo como Silvia Abravanel, Regina Duarte e Zezé Di Camargo também deixaram suas posições claras, numa óbvia batalha pela influência. Se antes o artista que se manifestasse recebia reprimendas públicas, hoje ele se tornou uma ferramenta importantíssima no jogo político, com manifestações explícitas em seus shows ou entrevistas. Se antes a moda era ser isentão para evitar ataques, agora, a eleição do próximo domingo (2) ocorrerá em clima completamente distinto.
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