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Globo comete grande equívoco ao lançar 'Todas as Flores' no streaming
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Esperada para o horário das nove desde antes da pandemia, "Todas as Flores", a nova empreitada de João Emanuel Carneiro, acabou surpreendentemente indo para o streaming. Na pressa de bater a HBO Max, que até então pretendia lançar sua primeira novela na plataforma, a emissora avaliou que o folhetim seguiria os passos de "Verdades Secretas 2" e teria uma boa performance na internet. Para seu lugar, antecipou "Travessia", de Gloria Perez, história um tanto confusa que acabou ofuscada pela presença da influenciadora Jade Picon em seu elenco.
É difícil compreender como "Todas as Flores" não virou a aposta da Globo para suceder "Pantanal". A julgar pelos primeiros capítulos, a trama tem elementos fundamentais para prender o público. Uma mocinha ingênua, mas com certa malícia, e uma dupla de vilãs que deve ter frequentado a mesma escola de Carminha, ícone de "Avenida Brasil", criada pelo mesmo autor.
Já no primeiro capítulo, Zoé, personagem de Regina Casé, comete um assassinato e convence a filha que havia abandonado a doar a medula para a irmã, Vanessa, papel de Letícia Colin. Vaidosas e interesseiras, as pilantras têm forte apelo para a audiência tradicional de folhetins. Além disso, a novela tem pontos fortes: um núcleo de samba, com presença de astros da música como Xande de Pilares e Mumuzinho, um segredo bem guardado por Judite, vivida pela ótima Mariana Nunes, e uma história de injustiça envolvendo o mocinho interpretado por Nicolas Prattes.
A julgar pelos primeiros episódios, "Todas as Flores" tem alta voltagem e forte apelo. É uma pena que o público fora da internet seja poupado de assisti-la. João Emanuel Carneiro merecia o horário nobre.
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