Sobrarão veteranos na Globo?

Somente nesta semana, a Globo dispensou nomes como Fernanda Montenegro, Edney Silvestre e Maria Adelaide Amaral. A atriz, o repórter e a autora se juntam ao time cada vez mais numeroso de profissionais que perdem o privilégio de contrato fixo com a emissora. Todos poderão voltar a trabalhar eventualmente na empresa, desde que "por obra".

O que a saída de medalhões como estes mostra é que ninguém está imune à nova política de contenção de gastos do canal, que se mostrou disposto a abrir mão até mesmo do passe da principal artista brasileira, indicada inclusive ao Oscar. Aos poucos, a Globo vai virando um celeiro de novos rostos, em grande maioria jovens. A renovação, claro, é importante, mas abrir mão da experiência pode trazer prejuízos.

Nomes como os recentemente dispensados pela emissora conferem credibilidade às suas produções, além de terem soluções mais pragmáticas para problemas práticos - no caso dos jornalistas, uma virtude indispensável - para comunicar de maneira simples. Do jeito que tudo tem se encaminhado, a impressão que fica é a de um esvaziamento maior do que o planejado. Resta saber se haverá consequências futuras para tamanho desapego ao talento e apego aos cortes financeiros.