Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Ninguém tem de tomar partido: Gkay precisa descansar e Porchat se desculpar
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Os últimos dois dias têm sido tomados por uma grande cizânia nas redes sociais. De um lado, Fábio Porchat, que, durante o prêmio "Melhores do Ano", da Globo, citou a controversa entrevista de Gkay a Tatá Werneck, no "Lady Night": "Eu olho o Jô e fico pensando: 'O que ele faria com a Gkay, né, Tatá [Werneck]? Na frente dele? Foi por isso que ele preferiu nos deixar às vezes...". Do outro, a influenciadora, que não gostou nada e disse que teve o Natal destruído pela piada: "Cansada de ser essa piada de merd* para as pessoas, de ser chacota, de ser escória".
Em tempo de noticiário parado por causa do final do ano, não demorou para que o debate se alastrasse pela internet. Porchat chegou a gravar um vídeo afirmando que não tinha de pedir desculpas pela piada e que o problema estaria com Gkay, que teve um ano "difícil". A dona da Farofa, por sua vez, afirmou que não respondeu a mensagem enviada pelo agora desafeto no Instagram.
Não precisa pensar de maneira muito profunda para entender que esse é o tipo de treta em que ninguém precisa tomar partido. Não é segredo para ninguém que, de fato, embora seja muito bem-sucedida em tudo o que faz e tenha números impressionantes, Gkay está exposta a críticas pesadas. Precisa cuidar de sua saúde mental. Até mesmo o fato de ela - mulher e nordestina, ressalte-se - usar roupas de alta costura vira alvo de controvérsia. Por estar "em alta", tornou-se alvo de um ódio injustificado na imensa maioria das vezes - e isso nada tem a ver com notícias dando conta de suas questões profissionais, mas, sim, com o constante questionamento sobre seu comportamento, seu estilo ou sua aparência.
Da mesma maneira, Porchat, sensível como sempre foi, pode entender que, uma vez que alguém tenha se ofendido com uma piada ou brincadeira, não custa nada pedir desculpas. Não, a piada não foi grave. Mas a magoou. Seria a maneira mais fácil de colocar uma pedra no assunto - e evitar pela milionésima vez um debate sobre o limite do humor. Entender o contexto no qual Gkay está inserida é importante para levar a anedota em consideração.
Criticar a Gkay não significa, necessariamente, criticar o mundo da influência - há ataques que podem ser bem pessoais. E nem toda piada é ofensiva, mas, ainda assim, pode ofender quem anda à flor da pele. Se cuida, Gkay. Se desculpa, Porchat. E segue o baile.
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