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Injusta, saída de Tina é fruto de choque cultural e personalidade forte

BBB 23: Tina em noite de Paredão - Reprodução/Globoplay
BBB 23: Tina em noite de Paredão Imagem: Reprodução/Globoplay

Colunista do UOL

07/02/2023 23h49

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Num BBB de personalidades fortes, Tina se destacou de cara. Angolana num mar de brasileiros, a modelo partiu para o jogo já no primeiro dia. Pareada com MC Guimê, decidiu avaliar possíveis alvos e fez o reality show começar acelerado. Pragmática, assustou parte dos companheiros com sua sinceridade até mesmo quando questionada sobre a razão de não emprestar uma peruca a Cezar Black. Na casa mais vigiada do Brasil - e também fora dela - passou a ser considerada "arrogante" ou "antipática".

Em pleno 2023, mulheres fortes ainda assustam. Mas não somente isso. Num país da falsa cordialidade, ver alguém que fala o que pensa, sem filtros, assusta mais ainda. O que a rejeição de Tina, eliminada com 54,12% dos votos, mostra é um grande choque cultural. Sem brincar no jogo do contente, a angolana só tinha olhos para a estratégia - e não estava errada. Esqueceu, no entanto, de mostrar um pouco mais de vulnerabilidade.

Talvez essa ficha só tenha caído no dia de sua saída, quando, instada a comentar sua expectativa para o paredão, disse a Tadeu Schmidt: "Eu sou imperfeita e essa é a minha verdadeira beleza como ser humano". Tina é belíssima, frágil - como mostraram suas lágrimas - e também uma fortaleza. E chama a atenção que um público que reclama tanto de marasmo ou falta de jogo tenha preferido deixar dois personagens como Cezar e Gabriel Santana, que pouco contribuem nesse sentido. Tina pode ser considerada a primeira injustiçada da edição.