Topo

Histórico

Fefito

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Crescimento de protagonismo negro na Globo é fruto de pacto com a ONU

Bella Campos e Sheron Menezzes em "Vai na Fé" - Reprodução/Globo
Bella Campos e Sheron Menezzes em 'Vai na Fé' Imagem: Reprodução/Globo

Colunista do UOL

27/02/2023 14h21

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Nos últimos anos é impossível não perceber: a diversidade aumentou consideravelmente na tela da Globo. A representatividade LGBTQIAP+ e, especialmente, negra tem surgido com maior constância nas produções do canal. E isso não ocorre por acaso.

Há dois fatores que explicam o aumento do protagonismo preto nas novelas, no jornalismo e em reality shows. O primeiro é um compromisso assumido pela emissora, em 2020, ao assinar o Pacto Global pela Equidade Racial da Organização das Nações Unidas (ONU). O projeto procura engajar empresas e organizações na adoção de vários princípios nas áreas de direitos humanos, especialmente em questões étnicas e de gênero.

Com isso, explica-se porque no jornalismo aumentou o número de repórteres negros, assim como nas novelas, que passaram a ter elenco cada vez mais diverso. Neste ano, por exemplo, pela primeira vez, as três principais tramas da Globo terão protagonistas pretos.

O segundo fato se aplica no mundo dos reality shows. A explicação vem por ordem da Endemol, produtora dona de formatos como o BBB. Há três anos houve uma ordem para que todos os seus programas ao redor do mundo contem com metade do elenco diverso em questões raciais e de gênero. Não por acaso o BBB 23, neste ano, tem 50% do seu time formado por pessoas pretas. Um enorme avanço se comparado às primeiras edições do formato.