Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Didática e rápida, 'Terra e Paixão' estreia mirando em órfãos de 'Pantanal'
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Considerada uma salvação do horário das nove após "Travessia", "Terra e Paixão" estreou em ritmo acelerado. Sem firulas, a novela de Walcyr Carrasco rapidamente estabeleceu seus vilões e seus mocinhos, com o assassinato do marido da protagonista, vivida por Barbara Reis, numa disputa por terras.
Ambicioso, Antonio La Selva, papel de Tony Ramos, mostrou que ainda se sente um coronel à moda antiga. Venenosa, Irene, personagem de Gloria Pires, a todo momento fala mal do enteado Caio (Cauã Reymond) e quer tudo para seus dois outros filhos.
A todo momento fica bem claro que o malvado da trama foi capaz de ordenar um assassinato, a ponto de a cidade inteira comentar, mas, de alguma maneira, seus filhos preferem acreditar no contrário. O que o texto do folhetim ganha em aceleração, perde, no entanto, em didatismo, tratando de estabelecer nomes, profissões e pretensões de maneira pouco orgânica. Ainda assim, todos os ingredientes de um típico novelão estão estabelecidos: o amor proibido, a história de vingança, os belos cenários.
A ambientação da história, por sinal, não ocorre à toa. Depois do sucesso de "Pantanal", o folhetim leva a Globo ao centro-oeste e paisagens bem diferentes do eixo Rio-São Paulo, voltando a apostar no mundo rural. A vida camponesa não se dá à toa: o universo funcionou - e muito - com antecessoras. Resta saber se o ritmo rápido de andamento da história será mantido durante os próximos meses. Conhecimento do que o público gosta Walcyr Carrasco tem, isso não se nega.
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