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Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Moda entre influencers é investir na baixaria e no barraco por engajamento

Rico Melquiades e Dayanne Bezerra, irmã de Deolane, saem no tapa em São João de Carlinhos Maia - Reprodução/Instagram
Rico Melquiades e Dayanne Bezerra, irmã de Deolane, saem no tapa em São João de Carlinhos Maia Imagem: Reprodução/Instagram

Colunista do UOL

12/06/2023 14h43

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No último final de semana, quem acompanha perfis de fofoca no Instagram se deparou com grandes barracos. Durante a festa de São João promovida por Carlinhos Maia, em Alagoas, Dayanne Bezerra, irmã de Deolane, se engalfinhou com a irmã de Rico Melquíades e acusou também o vencedor de A Fazenda 13 de agressão. Os vídeos da confusão foram publicados à exaustão, assim como posicionamentos de ambos. A advogada, por exemplo, afirmou ter perdido três lentes de contato de seus dentes e foi à polícia registrar boletim de ocorrência. Rico, por sua vez, afirmou só ter defendido a irmã.

No mesmo período, Emily Garcia, ex de Babal Guimarães, irmão de Lucas Guimarães, marido de Carlinhos Maia - nesse mundo tudo está conectado, literalmente - invadiu a casa onde morava com um martelo na mão. A influenciadora afirma que o ex havia jogado pertences do filho de ambos na calçada, em sacos de lixo. Toda a confusão, claro, foi devidamente filmada. Ambos, em seguida, correram para os stories com diretas e indiretas, a fim de explicar a situação.

O que esses casos têm em comum é o fato de que foi-se o tempo em que barracos gigantescos causavam algum tipo de vergonha ou constrangimento. Pelo contrário: brigas como essas passaram a servir como combustível em nome do engajamento das redes sociais desses influencers, que aumentam o número de visualizações de seus stories para, em seguida, vender publicidade para jogos de azar ou ações do tipo.

Se nos anos 90 telebarracos como o programa de Márcia Goldschmidt causavam estranheza e reprovação a ponto de sair do ar a pedido de anunciantes ou executivos, hoje, a baixaria parece ter virado um artifício cada vez mais comum e aceitável. Definitivamente vale tudo pela audiência.