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ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Fora do armário, galãs mostram que tempos mudaram e talento segue o mesmo

Marcos Pitombo - Fabricio Pioyani/AgNews
Marcos Pitombo Imagem: Fabricio Pioyani/AgNews

Colunista do UOL

19/06/2023 13h02

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No último final de semana, o fato de Marcos Pitombo, um dos galãs mais bonitos do país, ter revelado namorar outro homem virou uma das notícias mais comentadas do mundo dos famosos. O ator não é o único. Assim como ele, artistas como Ícaro Silva, Carmo Dalla Vecchia, Igor Cosso e Marco Pigossi assumiram relações homoafetivas. O mesmo ocorreu com atrizes como Nanda Costa, Victoria Strada e Bruna Linzmeyer.

Nos anos 1990 e começo dos anos 2000, isso seria impensável, pelo medo de perder papéis em novelas ou o posto de protagonista. Antes, até mesmo o fato de dar vida a um personagem gay — e normalmente estereotipado — era considerado um grande risco. Hoje, todos seguem trabalhando e, de maneira completamente orgânica, naturalizam os relacionamentos LGBTs, ainda que uma parcela pequena e raivosa torça o nariz.

Sempre que um galã sai do armário, placas tectônicas ao seu redor se movem, mas não causam mais terremotos. Pelo contrário. Agora, ajudam a melhorar a vida de tantos fãs e espectadores ainda inseguros com suas sexualidades, acalmam as tensões de famílias provando que não deixam de ser bem-sucedidos por causa de suas orientações sexuais.

O público tem evoluído junto com os artistas e entendeu o óbvio: atores são pagos para fingir serem outras pessoas. Sua vida privada não interfere no personagem que desempenham.

Marcos Pitombo e tantos outros agora só precisam viver a vida de fantasia em seu ofício. O seu cotidiano, privado e público, agora tem sido desempenhado com verdade. Este é um grande avanço e prova que, ainda que emissoras fiquem inseguras com um simples beijo LGBT, os espectadores e fãs já se provaram mais do que prontos para celebrar o amor, seja ele como for. O progresso e o respeito parecem se difundir com cada vez mais força.