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"Marte Um" traz a força dos brasileiros reais e que sonham, apesar de tudo
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O filme "Marte Um", dirigido pelo mineiro Gabriel Martins, levou no último Festival de Gramado, encerrado em 20 de agosto, os prêmios de Prêmio do Júri, Melhor Roteiro, Melhor Trilha Sonora e Prêmio do Público. Este último já diz tudo sobre a forte conexão que a história cria com os espectadores.
Mas o que, nesta trama aparentemente simples, calcada em questões do cotidiano, fez com que a première do longa em Gramado terminasse em lágrimas, risos e muitos aplausos? Certamente a conexão com a vida, com tudo de comezinho e de sublime, de uma típica família brasileira trouxe a sinceridade, o afeto e os sonhos que os espectadores brasileiros estão em busca.
Ao contar a história desta família, que luta para continuar sonhando em um Brasil que não dá oportunidades a quem, como os Martins, não conta com alto poder aquisitivo e depende do emprego para se equilibrar entre as contas e os planos de um futuro melhor, "Marte Um" cativa o público como poucos filmes brasileiros recentes.
Na trama, o pai desta família Wellington (Carlos Francisco) é porteiro e faz tudo em um condomínio de luxo. Ele sonha em ver seu filho Deivinho se tornar um grande jogador de futebol. Mas o garoto quer ser astrofísico e embarcar na missão Marte Um, que pretende mandar missões para povoar o planeta vermelho.
A mãe Tércia (Rejane Faria, também ótima no papel) é diarista e cuida de todos, menos de si mesma e enfrenta um stress e crises de ansiedade depois de sofrer uma pegadinha que a deixou traumatizada. Já a irmã de Deivinho, Eunice (Camilla Damião), é uma jovem antenada, que cursa direito e quer sair de casa para morar com a namorada.
"Apesar deles terem profissões comuns, a gente não teve muitos filmes brasileiros que tratavam de personagens com estas profissões que não fossem necessariamente um estudo de classe, que fosse uma imersão maior no cotidiano desses personagens", comentou o diretor em conversa com Splash .
"Uma família que é bem clássica brasileira, até por sua formação, não teve talvez tantas representações diferentes no cinema brasileiro. Eu vejo o cinema como uma história ainda em construção porque tem filmes maravilhosos, eu sou apaixonado pelo cinema brasileiro. Mas ao mesmo tempo sinto que há todo um cenário a descobrir. E acho isso bom", contou o diretor.
Confira a entrevista com Gabriel Martins e o produtor Thiago Macedo Correia.
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