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Indicado ao Oscar: 'Close' fala da dor de perder um amigo, diz diretor
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"A gente fala muito da dor e do sofrimento da perda do amor, mas falamos pouco da dor e do sofrimento quando perdemos uma amizade. Eu acho que fui um daqueles jovens que temiam a minha própria fragilidade, que temia o íntimo e, eventualmente, que temia o amor", comentou o diretor belga Lukas Dhont em entrevista a Splash sobre seu novo filme "Close", que concorre ao Oscar de melhor filme internacional e que está atualmente em cartaz nos cinemas.
"Eu achava que era algo pessoal, que só eu passei quando jovem. A gente acha que só nós nos sentimos sozinhos e que ninguém se sente como nós. Mas percebi que somos muitos sentindo solidão", completou o jovem cineasta que, por "Close", seu segundo longa, foi premiado no Festival de Cannes 2022 com o Grande Prêmio do Júri.
"Close" estreia em 21 de abril na plataforma MUBI. O longa conta a história dos meninos Léo e Rémi. Eles vivem no interior da região flamenga da Bélgica e são amigos inseparáveis No entanto, quando começam um novo ano letivo, as pressões do início da adolescência desafiam seu vínculo com consequências inesperadas e de longo alcance.
Com olhar sensível, mas contundente, "Close" fala do medo da intimidade e das dificuldades de se relacionar que atinge a todos os seres humanos. A questão é universal, mas no filme são as relações entre homens, sejam jovens ou adultos, que ganham destaque. Para Dhont, a construção da masculinidade, as pressões sociais e o machismo estrutural afetam profundamente não só o social como o íntimo de cada homem.
"Quando escrevemos uma história, tentamos encontrar a expressão universal para algo que parece muito importante para nós. Mas agora, vendo a reação do público, entendo cada vez mais que a perda tem sido uma parte vital de nossas vidas em qualquer grau, em qualquer idade", acrescentou o jovem cineasta, que assina filmes também como "Girl" (disponível na Netflix).
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