Matthew Broderick volta em meio à crise dos opioides com 'Império da Dor'
O Plano Geral desta semana destaca ótimas séries que estreiam em diversas plataformas e que merecem sua atenção. Na Netflix, Matthew Broderick, o eterno Ferris Bueller de "Curtindo a Vida Adoidado", surge em um papel completamente diferente em "Império da Dor", drama que aborda a epidemia de dependência em opioides que assola os Estados Unidos há tempos e que matou milhares de pessoas.
"Este tema já havia sido explorado no documentário 'All the Beaty and the Bloodshed', de Laura Poitras, que venceu o Leão de Veneza. Mas esta série ficcionaliza a origem de tudo isso", comenta Flavia Guerra. "É um tema muito doloroso, pois tudo começa com a questão de se combater a dor, encontrar medicamentos que ajudem, mas isso se torna um comércio sem medidas e as pessoas começam a consumir o medicamento inadvertidamente e as consequências são nefastas", completa.
"Pois é. Os Estados Unidos têm a cultura do consumismo. Há a questão dos médicos receitarem muito o Oxycontin e isso virar esta epidemia. Há um acerto no tom da série que aborda um problema tão sério com humor. Alguns vão embarcar, outros vão criticar", acrescentou Thiago Stivaletti.
Já a bem humorada "Alguém em Algum Lugar" conta uma história aparentemente banal da amizade entre uma jovem com um rapaz do interior do Kansas, mas que revela muito sobre as relações humanas e seus desafios cotidianos. Eles têm uma vida comum e firmam uma sólida amizade nesta série que vem surpreendendo. Em cartaz na HBO Max.
A eterna Léa Garcia é o destaque de "Vizinhos", comédia com diferentes histórias sobre a difícil arte de conviver adaptada de uma original argentina, "Homem ao Lado", da dupla Gastón Duprat e Mariano Cohn, no Canal Brasil e Globoplay +Canais.
"É uma série de antologia, algo raro no Brasil. Isso sem contar o elenco, com nomes como Natália Lage, Otávio Muller, Cacau Ottoni, Jefferson Brasil, e a nossa querida Léa Garcia, que nos deixou na semana em que ia receber o tributo em Gramado. Uma das maiores atrizes brasileiras, com mais de 60 anos de carreira, que merecia muito mais holofotes, mas que foi embora com o holofote que merecia", analisou Thiago.
Por fim, o que podemos esperar do Festival de Veneza, que começa esta semana lançando os novos filmes de veteranos como Woody Allen, Polanski, Michael Mann, Sofia Coppola e David Fincher.
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