Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
CNN prefere ibope a seriedade ao manter Alexandre Garcia e perder Colombo
Rafael Colombo é a mais nova derrota da CNN e não estamos falando em audiência. O canal acabou "perdendo" com a saída do jornalista do "Liberdade de Opinião", ainda que ele siga no "Novo Dia". E tudo porque preferiu a audiência, ou seja, Alexandre Garcia, que traz um público específico que normalmente o canal não atingiria sem ele.
Mas não foi a CNN que tirou Rafael Colombo e sim ele que quis sair. Sim, o canal não é o responsável por sua saída, mas carrega a culpa por não ter escutado os apelos do apresentador que não queria mais dividir a cena com um negacionista, ou alguém que é acusado de difundir fake news.
Rafael não estava incomodado em debater ideias com alguém que pensava o contrário dele e sim com alguém que negava fatos. Uma das situações mais incômodas era a defesa insistente da eficácia da cloroquina, opinião, sem nenhum embasamento científico, de Alexandre Garcia.
Em agosto de 2020, Colombo chegou a demonstrar claramente estar incomodado com a situação. Ao falar sobre a morte de Rodrigo Rodrigues e José Paulo de Andrade, dois amigos, Rafael perguntou se eles tinham morrido à toa já que a cloroquina funcionava. Garcia fugiu do assunto, pois não queria falar de "questões pessoais".
Em maio deste ano, eles chegaram a protagonizar uma situação até constrangedora durante o programa. A questão foi a possibilidade de Jair Bolsonaro (sem partido) editar um decreto para "garantir o direito de ir e vir". Garcia disse que concordava com o político.
"O direito à vida também está na Constituição. Os governadores e prefeitos não estão tentando garantir o direito à vida?", respondeu Colombo.
Garcia se revoltou e disse que "não estava sendo entrevistado" e falou que "não sabia se voltariam" a se falar. A CNN? Manteve o jornalista no programa.
Notícias falsas
Vale lembrar que, de acordo com relatório divulgado pelo jornal O Globo, Garcia ganhou R$ 70 mil com audiência e publicidade com vídeos divulgados no YouTube.
Segundo esse relatório, entregue pelo Google a CPI da Covid, Garcia teve 126 vídeos retirados do ar por ele ou pelo YouTube.
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