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OPINIÃO

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Não existe final de seleções no futebol sem Galvão Bueno

Jogadores da Itália comemoram gol de Bonucci que garantiu empate na final - PAUL ELLIS / POOL / AFP
Jogadores da Itália comemoram gol de Bonucci que garantiu empate na final Imagem: PAUL ELLIS / POOL / AFP

Colunista do UOL

11/07/2021 18h55

Foram só dois minutos para o primeiro gol na final da Eurocopa sair, mas antes mesmo de a bola rolar, Galvão já mostrava que o jogo teria muito mais emoção do que a decisão da Copa América, entre Brasil e Argentina. Afinal, a partida tinha a sua presença.

Galvão Bueno provou neste domingo que não existe decisão de futebol sem ele. O narrador dá emoção a todo instante ao jogo, mesmo que não exista relação afetiva de quem está acompanhando o duelo. Como ele sempre diz: "sou um vendedor de emoções que anda no fio da navalha". E é.

O narrador coloca emoção quando um carrinho entra em campo com a bola e quase atropela Sterling. Ali, a gente sabia que o dia ia ser diferente.

Galvão foi o de sempre. Não abandonou seus eternos bordões como a Itália vivendo um drama quando perdia o jogo por 1 a 0. Ou quando cornetou o juiz que "não gosta de falta". E sua torcida pela Itália no momento em que falou "lá vem cruzamento deles" em um ataque da Inglaterra.

Para a alegria dele e do público, o jogo foi decidido apenas nos pênaltis. "Nem o melhor dos roteiristas poderia fazer isso", falou.

E para quem tem preocupação com sua voz até que ela aguentou bem os 120 minutos do jogo. Ela só foi dar uma falhada nos pênaltis, mas tudo bem.

Também mostrou que sabe ser o tiozão do Zap quando questionou a mobilidade de Immobile. E até cutucada para a concorrência.

"É o Brasil ligado na Globo, é o horário do futebol, onde você está acostumado a assistir".

Até quando ficou muito irritado no fim da transmissão, provavelmente por terem cortado a premiação para o "Super Dança dos Famosos", mostrou que é diferente. Todos queriam ver a premiação, mas a Globo só queria seguir a programação.

"Me desculpa, isso é absurdo, não se encerra assim. Estou indo embora", falou.

Não adianta. Mesmo que o Brasil tivesse vencido a Argentina, a partida de hoje teria sido mais emocionante. Como diz o ditado, ganhar da Argentina é bom, mas jogo com Galvão é muito melhor.

Afinal, como ele disse um dia "as pessoas não podem esquecer que eu estou lá para animar o espetáculo, para vender emoções".

UOL

Leandro Carneiro

Editor de Splash, viciado por qualquer tipo de reality show, inclusive aqueles que os famosos vivem na vida real. Jornalista há mais de 10 anos e palpiteiro desde sempre. Se o assunto for esporte, entro em campo também.