Péssima no início, 'Terra e Paixão' melhorou no final e elevou audiência
"Terra e Paixão", de Walcyr Carrasco, foi uma novela que já começou velha, parecendo feita de retalhos de novelas de outros autores, e até dele próprio.
Um exemplo era aquele bordel, que parecia o mesmo de "O Outro Lado do Paraíso". E para enfraquecer ainda mais a trama, a heroína Aline, interpretada pela ótima Bárbara Reis, era óbvia demais, papel batido em outras novelas. Nem dava vontade de torcer por ela. Além disso, a trama não se definia entre comédia rasgada e drama.
Mas do meio para o fim, devido a um problema de saúde de Walcyr, a premiada novelista Thelma Guedes entrou em ação. Começou tirando o foco dos personagens centrais e definiu a trama como um drama policial. Parecia até outra novela, muito mais forte e impactando os telespectadores.
Thelma colocou luz nos personagens fortes de Tony Ramos e Glória Pires, brilhantes até em personas óbvias, e introduziu a personagem Agatha, interpretada pela grandiosa Eliane Giardini.
A seriedade provocou chamadas fortes e isso resultou na curiosidade do público e consequentemente o acréscimo de audiência, elevando a novela a patamares que "Pantanal" atingiu, e superando bastante o final da trama anterior "Travessia", de Glória Perez.
"Terra e Paixão" passou dos 30 pontos nessa reta final e vai "entregar" bem para o remake de "Renascer", trama do ótimo Benedito Ruy Barbosa, reescrita por seu neto, Bruno Luperi.
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