Alvo de bullying em A Fazenda se reinventa e vira ator nos Estados Unidos

Cultura nos EUA

Apesar da vitória de Donald Trump como presidente dos EUA, Haysam diz não acreditar em uma influência negativa para a cultura, já que ele está mais focado em economia, imigração, direitos LGBTQIA+ e na questão do aborto.

"Na cultura ele não tem tanta relevância, estamos mais preocupados com outros pontos que afetam, sim, a cultura, mas eu acho que o país inteiro vai passar por uma transformação. Pode ser negativa, mas a gente sempre tem a esperança que não. Acho que o último ponto a ser afetado vai ser a cultura".

Carreira e próximos trabalhos

Haysam é formado em publicidade e propaganda e trabalhou com marketing em uma agência de publicidade assim que chegou aos Estados Unidos, em 2017, onde atuou por cerca de 10 anos. Agora, em 2024, ele fez sua estreia como ator, sendo protagonista de um curta-metragem chamado "Play".

O filme tem como objetivo ajudar na conscientização contra o bullying. Por enquanto, o curta só está disponível no exterior, mas há previsão de estrear no Brasil ainda este ano —a produção negocia com duas plataformas de streaming.

"Aqui nos Estados Unidos participar de curtas-metragens é muito importante para início de carreira. Esse curta, 'Play', recebeu mais de cinco nomeações e está rodando em alguns festivais internacionais", afirma Haysam.

Agora, ele se prepara para dar vida ao assassino Marcelo Costa de Andrade, mais conhecido como o "Vampiro de Niterói", em uma peça teatral em Los Angeles. O ator está se aprofundando na vida do assassino em série, que está preso desde 1993 passando por diversos manicômios judiciários. O projeto está em fase de produção e deve estrear em março do próximo ano.

Peça sobre criminoso brasileiro

Antes mesmo de conseguir o papel de um serial killer, Haysam já tinha vontade de entender a mente dessas pessoas. O "desejo" de entender mais a mente de um assassino aumentou após o sucesso de documentários como o do assassino em série Jeffrey Dahmer e dos irmãos Menendez, ambos lançados pela Netflix.

"Dizem que ele, o Vampiro de Niterói, bebeu o sangue de uma das vítimas, mas a gente ainda não sabe se foi algo criado pela imprensa, pelo sensacionalismo, ou se realmente aconteceu. Mas foi por conta dessa história que ele recebeu esse nome de vampiro".

Haysam diz que dá um pouco de medo fazer um personagem como esse, mas não pelas razões que as pessoas imaginam. A preocupação dele está mais em manter a neutralidade diante do personagem.

"Nós, como pessoa que está encarnando esse personagem, não podemos julgar e isso é o mais difícil, ainda mais numa situação como essa, porque a gente tem a nossa própria opinião do que é certo e errado. Então me dá um pouco de ansiedade pensar que eu preciso ser neutro sobre um assunto tão delicado, difícil"