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Globo centenária: documentário para celebrar data 'passa pano' para o grupo

Todo jornalista gosta de contar histórias reais, assim como o Grupo Globo, que em 2025 celebra 100 anos do jornal O Globo e 60, da TV Globo. Tudo lindo, parabéns para a família Marinho. Desde Irineu Marinho, passando por doutor Roberto Marinho e todos os seus descendentes. Cem anos no auge é para pouquíssimos. Tem muito a comemorar. E nesta comemoração um documentário do jornalista Pedro Bial sobre a história do grupo deverá ser exibido no Globoplay e na Globo.

Até aí tudo lindo mesmo! Mas, pelo que já foi mostrado deste documentário, há uma "passada de pano" em relação ao papel da ditadura militar e dos golpistas de 1º de abril de 1964, na concessão da TV Globo —os mesmos que fecharam a TV Excelsior, a principal concorrente da nova emissora, em 1969, e, depois, a Tupi, em 1980. Percebi que também não fala de onde veio o capital para o novo canal virar um império da comunicação logo em seus primeiros anos. Não se falou nas malas de dólares injetados pelo grupo americano Time Life.

A gente gosta das histórias verdadeiras e por inteiro. Atores como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Regina Duarte, Rosamaria Murtinho, Francisco Cuoco e Hélio Souto, ídolos na Excelsior, que ganhavam em média 12 mil cruzeiros na época, foram contratados pelo Boni e Walter Clark por 80 mil em media. Só com muitos dólares era possível fazer contratações desta monta.

Pedro Bial, uma espécie de Gugu do doutor Roberto Marinho, fez um belo trabalho para seus patrões, mas o público merecia a história por inteiro.

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