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Leonardo Rodrigues

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

5 toca-discos bons e baratos para você começar a ouvir vinil

Divulgação
Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

20/09/2021 04h00

OK. Admitamos. O "baratos" que você leu no título deste texto poderia muito bem ser grafado como no início desta frase, entre aspas, para ressaltar a força de expressão.

Afinal, na era do celular, com a economia estagnada e inflação crescente, que brasileiro tem mais de mil reais (pelo menos) dando sopa para gastar com um aparelho de som novo?

Mas, se esse é seu caso e você deseja iniciar uma feliz trajetória no universo dos discos, eis uma boa notícia

Há hoje no mercado brasileiro alguns toca-discos estilo BBB —bom, bonito e barato—, que podem não ser o suprassumo da alta resolução audiófila, mas ainda assim oferecem experiências auditivas honestas.

no seu orçamento só cabe uma maletinha portátil? Então, sinceramente, o melhor é recorrer a usados. Elas não valem a pena.

Veja abaixo cinco aparelhos de entrada que têm tudo para satisfazer iniciantes

Audio-Technica AT-LP60 (R$ 1.299,90)

Pontos positivos

  • Assim como todos os TDs desta lista, possui cápsula magnética e agulha de diamante. Elas são simples, mas superiores ao combo cápsula de cerâmica + agulha de safira.
  • Tem pré-amplificador embutido, o que é bom no caso de seu receiver ou outro aparelho receptor não possuir entrada Phono, mas apenas a Auxiliar.

Pontos negativos

  • Como a cápsula é fixa na extremidade do braço, você não conseguirá realizar upgrades como substituí-la por uma de melhor qualidade.
  • Pesa apenas 2,98 kg, o que pode ser problemático em algumas superfícies devido a trepidações, que serão transferidas para a agulha e afetarão o som.

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Audio-Technica AT-LP3 (R$ 2.699)

Pontos positivos

  • Ao contrário do AT-LP60, permite trocar shell, cápsula e agulha, dando a você a possibilidade de melhorar o seu som.
  • Também conta com os imprescindíveis sistemas ajustáveis de anti-skating --impede a agulha de "pular" durante as músicas-- e contrapeso --impede que a força de tração do braço danifique seus discos.

Pontos negativos

  • Material e acabamento plástico não são tão bons e resistentes como deveriam.
  • O preço é um pouco elevado para um aparelho que se diz de entrada.

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Raveo TR-1000 (R$ 1.199,90)

Pontos positivos

  • Vem equipado com braço em alumínio, que dá alguma rigidez ao conjunto na comparação com a de outros toca-discos de entrada.
  • Tem um bom design, com tampa acrílica sólida e removível. Também é vendido com opção modular, junto de receiver e caixas acústicas.

Pontos negativos

  • Além de ser muito leve (2,5 kg), a qualidade em geral das peças deixa a desejar.
  • Há reclamações sobre o produto no que diz respeito a variações de rotação e problemas no sistema de retorno automático do braço.

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Denon DP200 (R$ 2.016,88)

  • Tem um projeto muito semelhante ao da Audio-Technica AT-LP60, com praticamente as mesmas qualidades e defeitos. Um deles é a ausência de regulagem de anti-skating e contrapeso, configurados de fábrica.

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Pioneer PL30K (R$1.800)

Pontos positivos

  • Tal qual o AT-LP60, possui pré-amplicador embutido e permite upgrades de cápsulas e agulhas.
  • Também traz formas de regular anti-skating e contrapeso.

Pontos negativos

  • Embora tenha uma avaliação geral boa no site da Amazon --4,3 em 5--, alguns consumidores também acusam variações na rotação do prato e curta durabilidade.

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Antes de tirar conclusões sobre essas recomendações, é preciso entender que...

os produtos acima possuem qualidade sonora semelhante, já que compartilham componentes. E é importante frisar que eles são toca-discos, não vitrolas, o que significa que não possuem alto-falantes embutidos.

Ou seja, além de gastar seu rico dinheirinho com eles, você vai precisar adquirir amplificadores e caixas de som. Embora valha muito a pena, esta não é exatamente uma brincadeira barata.

E outra

Por estes serem aparelhos de entrada, não espere deles um som "hi-fi" cristalino, com reprodução em alta-fidelidade. Nenhum se aproximará da qualidade de um tocador razoável de CD, por exemplo. Se o anúncio prometer sonoridade "audiófila" —e alguns fazem isso—, trata-se de propaganda enganosa.

De toda forma, mesmo com limitações técnicas, experimentar e entender como esses TDs funcionam pode ser didático. Você terá informação suficiente para julgar se o hobby dos discos e LPs foi ou não feito para você.

Cada cabeça, uma sentença, asseveraria a sabedoria popular.

Você tem mais dicas ou críticas sobre o assunto? Então deixe-as no campo dos comentários ou envie uma mensagem para mim no Instagram (@hrleo) ou Twitter (@hrleo_).

E até a próxima datilografada!