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Fernando Fernandes é único vencedor de 'No Limite', que precisa acabar
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O "No Limite", edição 2022, chegou ao fim na noite de ontem com a vitória de Charles, doutorando de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, que levou o prêmio de R$ 500 mil.
O fim de mais uma temporada do programa, marcada por baixa procura de anunciantes e audiência pouco significativa, nos traz duas conclusões: a primeira é que Fernando Fernandes, que fez sua estreia no ao vivo com a final de ontem, pode ser considerado o único vencedor, já que ganhou a aprovação do público como apresentador global; e a outra é que o público já não aguenta mais o "No Limite", que precisa acabar urgente.
A substituição de André Marques, que comandou a edição 2021 com ex-BBBs, trouxe dinamismo à apresentação do "No Limite". Fernando é carismático, faz o impossível para colocar emoção nos desafios e, mesmo em um reality com pouquíssimas polêmicas, se mostra a favor "do entretenimento" - como quando desmentiu participantes e expôs blefes nesta edição.
Os participantes, com exceção do vencedor, não ganham (quase) nada ao toparem passar fome e enfrentar perrengues no reality show. A tão sonhada fama, que muitos buscam ao aceitar esse tipo de desafio, não parece pagar as contas de quem é escolhido. Diferentemente dos ex-BBBs, os ex-No Limite não são vistos como grandes nomes para o mercado publicitário.
A final do reality, que aconteceu ao vivo, tinha tudo para ser mais um grande fiasco. Mas Fernando, mais uma vez, se destaca. Com a empolgação do apresentador, quem assistia podia até imaginar que algo surpreendente poderia acontecer. O programa, no entanto, não ajudou.
Mesmo com participantes dispostos a inventar "personagens'', "fake news" e criar intrigas, o formato gravado do reality - e com provas longas exibidas na íntegra - não nos permite aprofundar nas relações entre eles. Com dois eliminados por semana, sem o direito do público defender seus preferidos, fica difícil criar apego.
A memória afetiva que a volta do "No Limite" trouxe em 2021 - com o retorno de um dos primeiros realitys da TV aberta - não foi suficiente para garantir a audiência naquele ano. A insistência em outra edição neste ano, desta vez com anônimos e mais dias de programa, foi ainda mais difícil de engolir. Insistir em 2023, apesar de já ser confirmado e com inscrições abertas, deveria ser algo proibido.
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