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Lucas Pasin

REPORTAGEM

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Equipe da Globo é agredida durante reportagem sobre incêndios em MT

Bruno Motta, repórter da TV Centro América, gravava reportagem para o "Globo Rural" - Reprodução/Globo
Bruno Motta, repórter da TV Centro América, gravava reportagem para o 'Globo Rural' Imagem: Reprodução/Globo

Colunista do UOL

22/09/2022 12h25

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Uma equipe da TV Centro América, afiliada da Globo, foi agredida ontem durante a produção de uma reportagem para o "Globo Rural" sobre combate a incêndios em algodoeiras próximas ao município de Lucas do Rio Verde (MT). A informação foi confirmada a esta coluna de Splash pelo repórter Bruno Motta, que foi vítima da agressão por um fazendeiro.

O episódio ocorreu quando Bruno Motta, acompanhado do repórter cinematográfico Alexandre Perassoli, gravava em frente a uma algodoeira que havia sofrido prejuízo de R$ 17 milhões pelos incêndios.

Segundo o repórter, a equipe da Globo havia pedido autorização para gravar dentro do local. Com a recusa, deixou a propriedade e iniciou as gravações fora dos limites da fazenda, em uma rodovia.

A equipe de TV foi surpreendida pelo proprietário da fazenda que, segundo o repórter, chegou a tomar o celular de suas mãos e o segurou pelo colarinho da camisa. Parte das imagens do confronto foram exibidas pelo jornal local da Globo, o "MT1".

"Fomos ameaçados. Ele fazia uma encenação como se fosse tirar algo das costas, e falou que nos buscaria em casa caso o material fosse veiculado. Em determinado momento me puxou pelo colarinho, pegou o celular da emissora das minhas mãos e não queria devolver. Não deixava nem a gente ir embora. Tentamos manter a calma para que ele também se acalmasse", conta Bruno em conversa com a coluna.

Esta coluna de Splash procurou a comunicação da Globo que enviou uma nota:

A TV Globo repudia com veemência a violência, se solidariza com os profissionais e adverte, mais uma vez, que todos aqueles que atacam o trabalho da imprensa, estimulam esse tipo de ato.

Nas imagens exibidas pela TV Centro América, é possível ouvir o fazendeiro exigindo que a equipe apagasse as imagens feitas enquanto gritava "senta lá e fica quieto".

Segundo o repórter, a equipe da afiliada da Globo procurou a delegacia de Lucas do Rio Verde. O caso foi registrado como ameaça e preservação de direito.

A reportagem produzida pela equipe seria veiculada nos programas "+ Agro" (local) e para o "Globo Rural" (nacional). A intenção da reportagem era mostrar a estrutura de combate a incêndio das algodoeiras e o que estão fazendo durante esse tempo seco.