Promoção de 'picanha mito' gera tumulto e juiz eleitoral suspende venda

O sertanejo Rodrigo, segunda voz da dupla com George, divulgou nas redes sociais uma promoção realizada pelo Frigorífico Goiás, famoso por ter criado a "Picanha Mito", em homenagem a Jair Bolsonaro (PL), e vendida a R$ 1,8 mil o quilo. Segundo o artista, somente hoje, o frigorífico venderá picanha por R$ 22.

A promoção e a venda do produto, no entanto, foram suspensas pelo juiz eleitoral Wilton Muller Salomão.

Segundo reportagem da Globonews, a decisão ainda determinou multa de R$ 10 mil por hora em que a promoção ficar publicada no ar.

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No anúncio da página do estabelecimento, o aviso: "Domingão dia 2 de Outubro Picanha mito R$ 22 reais kg. [...] Promoção válida para unidades de Goiânia, e para quem estiver com a camiseta do Brasil."

A primeira-dama Michelle Bolsonaro comentou a promoção: "Muito patriota".

Filas e confusão

Após o anúncio da promoção, o frigorífico passou todo o dia com uma grande fila na porta. O sertanejo Rodrigo mostrou, via stories, um vídeo em que é possível notar trânsito na região e muitas pessoas com camisas verde e amarela na frente do estabelecimento.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que a quantidade de pessoas em busca da "picanha mito" gerou tumulto e alguns clientes tentaram forçar a entrada na loja.

'Picanha Mito'

Vale lembrar que o Frigorífico Goiás é conhecido por apoiar Jair Bolsonaro. A marca já desfilou em Goiânia um helicóptero com o rosto do político.

A "picanha mito" ficou conhecida após um churrasco realizado no Palácio da Alvorada em uma celebração de Dia das Mães, em 2021. O encontro chamou a atenção não só pela aglomeração em meio à pandemia, como também por um item do menu: uma picanha cujo quilo sai a R$ 1.799,99.

Bolsonaro apareceu em uma imagem com "Tchê", churrasqueiro dos artistas, segurando a "picanha mito", criada pelo Frigorífico Goiás durante a campanha de 2018.

O estabelecimento não deixa claro na promoção deste domingo se a picanha divulgada é a mesma que viralizou com Bolsonaro.

Gusttavo Lima era um dos sócios do frigorífico e também "o rosto" das campanhas publicitárias. No entanto, em maio deste ano, anunciou ter encerrado os trabalhos de divulgação da marca.

Segundo fontes da coluna na época, Gusttavo Lima, que teve diversos shows com cachês milionários investigados recentemente, tentou se desvencilhar de questões políticas. Considerando a nova estratégia, o contrato de sociedade e imagem com o frigorífico não era um bom negócio.