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Por que Regina Casé vê vilã de 'Todas as Flores' como possível bolsonarista
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Regina Casé já revelou em entrevistas que Zoé, vilã de "Todas as Flores" (Globoplay), é a personagem mais difícil de toda a sua carreira. A atriz, em entrevista a esta coluna de Splash pouco antes das eleições do segundo turno, disse ter pensado em quem a malvada votaria e, por seu estilo de vida, acredita que teria sido uma apoiadora de Bolsonaro.
"Gravei em um prédio que teoricamente é o dela, fiquei olhando de fora o lugar, e parece que sim [seria eleitora de Bolsonaro]. Até pelo lugar, a Barra da Tijuca [local que concentra apoiadores do político]. Pensei nisso. Mas ela também tem uma origem muito humilde, uma pessoa do povo, da rua, isso também pode levar para outro lado", diz.
Após fazer inúmeras personagens pobres, Regina, ao se ver caracterizada pela primeira vez como Zoé, uma vilã rica, disse ter pensado que aquela mulher não existia na vida real.
Foi justamente gravando na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, que, segundo ela, caiu a ficha:
"Na primeira gravação externa, num prédio corporativo da Barra, me olhava e achava que aquilo não existia. Aquela unha, cabelo, cílios que parece um toldo. Entrei no elevador e tinha mais quatro Zoé. Aí sim, olhei e vi: 'essa mulher existe, eu que não estou acostumada'. E a minha Zoé ainda estava discreta, não tinha os 500 ml de silicone. Meu peito ainda é vintage".
A atriz completa:
Zoé me tira total da zona de conforto. Não me identifico. É uma pessoa que eu observo quase que antropologicamente.
No dia a dia, usar as unhas longas da personagem, foi também uma adaptação para Regina Casé:
"Usar essa unha foi uma loucura. Agora já consigo fazer várias coisas, só não consigo dar descarga naquelas de apertar, prende o dedo. Garrafa térmica também é um problema às vezes, não consigo."
Quase ficou de fora
João Emanuel Carneiro sempre pensou em Regina Casé para a vilã de "Todas as Flores", mas, se não fossem as mudanças na programação da emissora e as interrupções pela pandemia, a atriz não poderia assumir a personagem.
"Ele me convidou para fazer a Zoé depois de ter assistido a minha primeira cena em 'Amor de Mãe'. Acabou a cena, ele me ligou, descarado: 'Como você fez essa novela? Você nunca faz! Tem que fazer a minha. Tenho um personagem muito bom'. Só que eu não ia poder aceitar por ser uma novela colada na outra. Aí veio a pandemia, muita coisa aconteceu, e acabou dando certo", conta a atriz.
Regina, inclusive, só aceitou fazer outra novela por conta do autor:
João Emanuel me seduziu. Eu era uma das milhares de fãs de 'Avenida Brasil'. Sempre quis trabalhar com ele. Não queria fazer novela, confesso que estou exausta, mas aconteceu.
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