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Com 'medalhões' demitidos, quem são os novos rostos do jornalismo da Globo
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As demissões no jornalismo da Globo nos últimos dias levaram da emissora nomes bastante conhecidos e fisionomias que transmitiam há anos credibilidade na TV, como Giuliana Morrone, Fábio Turci e Marcelo Canellas. A mudança de rostos nos telejornais do canal vem acontecendo nos últimos anos, e novos nomes passam a ter evidência substituindo 'medalhões'.
Mas, quem são os novos rostos do jornalismo da Globo? Jornalistas na faixa dos 30 anos e, de preferência, que se encaixem em critérios de diversidade.
A oportunidade para profissionais não brancos, incluindo descendentes de asiáticos e negros, vem crescendo dentro da emissora. Já se sabe que jornalistas que integrarem o "núcleo diversidade" podem virar fácil aposta da direção. Muitos são trazidos de afiliadas da emissora e, por já receberem salários mais baixos e terem menos tempo de casa, viram o "rosto ideal" dentro de um cenário que pede economia.
Nos bastidores, se sabe também que profissionais que ganham destaque na Editoria Rio estão bem vistos por Ali Kamel, diretor de jornalismo. Os principais jornalísticos da emissora, JN e Fantástico são desenhados no Rio de Janeiro. O JN, por exemplo, tem redação integrada com os repórteres locais da capital fluminense, o que facilita a visibilidade deles para a projeção nacional.
Um nome que representa bem o que a Globo procura é Mariana Bispo. Ela chegou há três meses na emissora e já está fazendo piloto para apresentar o "Bom Dia Rio". Também faz escalada para o JN, algo que não é normal para um novato, mas muito bem visto pela direção do canal.
Os repórteres Diego Haidar, Erick Rianelli, Lívia Torres e Pedro Figueiredo são outros nomes em destaque e que agradam a alta cúpula da emissora. Pedro e Erick foram promovidos recentemente e se mudaram para Brasília para cobrir política. Além disso, esses dois últimos nomes são casados, o que caracteriza que eles fazem parte do "time da diversidade".
Vale destacar também Nilson Klava, um dos nomes mais fortes atualmente na Globo que, com apenas 27 anos, tem ganhado boas oportunidades na GloboNews; e Guilherme Balza, que se destacou ao cobrir a atuação da Prevent Senior na pandemia e ganha cada vez mais prestígio no canal.
Murilo Salviano, que integrava o time da Globo Brasília, foi transferido para o Rio de Janeiro e, há um ano, promovido para ser correspondente em Londres. Ele passou a ganhar mais espaço na mesma época da mineira Tábata Poline, atualmente no "Fantástico". Os dois chegaram a apresentar juntos a série "Fé na Vida", uma obra documental que serviu como uma espécie de teste para a presença deles no jornalismo nacional.
Outro movimento que foi bastante comentado em 2022 nos bastidores da emissora foi a transferência do jornalista Ricardo Abreu, até então repórter e âncora da GloboNews no Rio de Janeiro, para o posto de setorista de política em Brasília. Ele se mudou com a mulher, a repórter Fernanda Rouvenat, também deslocada da capital fluminense para o Distrito Federal.
Em São Paulo, vale destacar Marcelo Pereira. O jornalista, antes de chegar em São Paulo, teve passagem como apresentador, editor e repórter em três diferentes afiliadas da "toda poderosa". Ele é apontado com boa chance para o comando de jornalísticos nacionais.
O novo jornalismo da Globo vem sendo desenhado no mesmo período em que nomes antigos são desligados. As promoções internas acontecem de forma rápida para alguns perfis, mas isso não significa que estes terão altos salários como os antigos que ocupavam funções semelhantes. A emissora tem um perfil ideal mas, antes de tudo, é preciso aceitar os novos modelos e remunerações bem mais baixas.
Procurada, a Globo enviou a seguinte nota a respeito das demissões:
"A Globo, assim como as demais empresas de referência do mercado, tem um compromisso permanente com a busca de eficiência e evolução, mas lamenta quando se despede de profissionais que ajudaram a escrever e a contar a sua história. Isso, no entanto, faz parte da dinâmica de qualquer empresa."
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