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Claudia Leitte diz que 'rivalidade' com Ivete a maltratou: 'Eu era ingênua'
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Claudia Leitte, 42, decidiu destacar suas raízes na nova turnê "Origem", na qual traz músicas feitas antes mesmo de comandar o Babado Novo. E foi partindo desta viagem ao passado, após mais de 20 anos de carreira, que a cantora bateu um papo exclusivo com este colunista de Splash, falando de temas que também cercaram suas origens, como críticas e comparações. Ela também comenta sobre a cobrança por posicionamentos e fala do futuro.
Segundo a cantora, o medo da fama existiu, a inocência por não saber lidar também, e ela confidencia até mesmo o arrependimento pelas vezes em que se considerou impulsiva e respondeu a críticas para se defender.
Entre os "problemas" do início da carreira, uma suposta rivalidade com Ivete Sangalo e muitas comparações com a cantora fizeram Claudia Leitte se sentir "maltratada".
"Nada desconstruiu o que estava reservado para mim. Naquela época [que falavam sobre rivalidade e comparações com Ivete] eu estava tão focada, era menina e ingênua de certa forma. Queria conquistar o meu sonho de cantar para muita gente. Teve um tempo que aquilo maltratou sim, Chegaram cada vez mais fortes algumas vozes me dizendo 'você não pode continuar', 'você precisa falar alguma coisa'. Hoje, percebi que eu não tinha que fazer absolutamente nada, só precisava continuar cantando. Esse é o foco".
Ainda na entrevista, Claudia diz se blindar do ambiente digital e das redes sociais para conseguir produzir músicas e seus shows. Questionada se vê tudo que falam sobre ela e cobranças por posicionamento - inclusive políticos - ela diz "Deus me livre", e justifica:
Não sou Deus. Existe um falso entendimento de que a fama vem com um superpoder. Mas, na minha carreira, eu não me senti super poderosa a ponto de resolver o problema dos outros. E, desde o começo, lá com a minha inocência, eu já entendi que não poderia atender essa expectativa. Espero estar sendo clara.
Veja a entrevista completa:
O desejo de voltar às origens. "A minha vocação é cantar, e estou cantora. Canto para ver o outro feliz, para ver o outro tendo uma experiência que seja maior do que o entretenimento puro ali. Volto às minhas origens todos os dias com a música, a minha cabeça não para. Tenho a oportunidade de revisitar o passado sempre cantando uma música. Seja uma música que compus antes do Babado Novo, ou que está rolando agora, e que fazem parte de quem eu sou. Sou obrigada a retomar minhas origens e isso é sempre muito bom. Me divirto".
"Famosa" (Billionaire) foi uma música sua de 2010. Lá falava de conflitos de quem queria conquistar a fama, e ao mesmo tempo viver em paz. Você aprendeu isso?
"Quando descobrimos quem somos no jogo do bicho, paramos de nos importar. Tenho ego, igual qualquer um tem, tenho sentimentos. Mas responder pelos sentimentos é um prejuízo que não conseguimos calcular lá na frente. Todas as vezes que fui impulsiva e respondi algo, porque queria me defender, não foi bom. É bom poder me ver e me assistir com a paz de não me cobrar. Sei quem eu sou e tive a oportunidade de me ver em vários momentos. Vi minhas transformações, minhas alterações de humor, de como sou sensível para muita coisa, e aprendi que posso ser tranquila, seguir e está tudo certo."
Como é a sua blindagem do ambiente digital? "Fico fora das redes sociais e isso é algo simples, não determinei isso porque estava me fazendo mal. Foi natural. Se eu começo a ter interferências não vou conseguir fazer meu trabalho. Às vezes preciso estar num lugar de solitude, e não de solidão. Preciso estar sem me preocupar com meus filhos, por exemplo, e para isso conto com uma rede de apoio. O meu trabalho é sentir os outros, e aprendi isso. Busco meu lugar de reclusão.
Ao revisitar origens, você pensa no futuro? "Penso muito, preciso até me controlar. Quando começo a escrever uma música já vejo o público, e isso traz uma ansiedade. Durante a pandemia isso foi desconcertante demais, de doer mesmo. Fiz música, produzi, mas eu precisava ver gente. Eu não tinha, e estava com o pensamento no futuro. Posso até ficar ansiosa, mas idealizo. Tenho visões do que eu posso fazer. Tenho raiz nas minhas origens, mas sempre com olho de crescer a parada."
No futuro, cabe você na TV novamente? "Não sei. Estou muito convicta da minha música e do que eu faço, e vejo muitas possibilidades que se abrem e que se renovam dentro disso. Sou cantora de ao vivo. Acho, sim, que me comunico bem, gosto de gente, e nunca descarto nenhuma porta aberta para mim. Mas estou focada no que quero fazer daqui pra frente, e tudo tem a música dentro. O 'The Voice' é maravilhoso, faço parte daquela família, trouxe muita coisa de lá e vou carregá-lo para sempre."
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