Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
O que fez Fábio Turci, demitido após 23 anos na Globo, negar volta à TV
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Fábio Turci não está com pressa para voltar à televisão após 23 anos na Globo. Demitido há três meses em meio a onda de desligamentos que afetou profissionais com altos salários na emissora, o jornalista conversou com exclusividade com este colunista de Splash, e revelou ter negado trabalhar em outros canais para se aventurar em novo formato de reportagens.
Ele lançou o podcast Existo na quinta passada no qual traz entrevistas com a intenção de combater a desigualdade e seguem a temática da diversidade, algo bastante abordado por Turci em seus trabalhos.
Já tinha a vontade de fazer um podcast há algum tempo, mas era algo que não cabia na minha rotina de trabalho na Globo. No momento que fui desligado, tinha a clareza que continuaria trabalhando com temas relacionados à diversidade. Poderia trabalhar com palestras, ajudando a ser um aliado e falando do meu lugar de homem, branco, heterossexual e cis, mas veio também a vontade de um podcast, e essa vontade se juntou a disponibilidade e desejo de encontrar um novo caminho profissional.
Para se dedicar ao projeto, Turci deixou bem claro — quando abordado por outras emissoras recentemente — que sua prioridade não era a volta à TV agora. "Tive algumas conversas, nada muito avançado, sem falar em valores. Mas falamos sobre jornalismo, mercado, e eu expliquei que eu tinha a ideia de tentar um outro caminho primeiro. Mas não fecho portas ao jornalismo, de qualquer forma que seja. O futuro dirá."
Ao contrário de outros jornalistas demitidos da Globo — como Flavia Januzzi, que também conversou com Splash, e revelou que quem "não está na panela da Globo está frito" — Turci não guarda mágoas da emissora. "Sinto que fui reconhecido lá. Batalhei para ser correspondente no exterior, e fui. Era um sonho profissional meu. Também fui reconhecido ocupando lugares de apresentação nas ausências e férias de telejornais, além dos projetos e reportagens especiais. Tivemos uma relação frutífera, e eu entendo que saí apenas por questões financeiras da emissora. Não há mágoa ou nada mais o que falar."
O podcast Existo
Ao escolher abordar a diversidade em seu novo trabalho, Turci diz ter "passado por um processo de abertura de olhos", e se considera um aliado.
Após algumas experiências pessoais e profissionais, acordei para o tamanho do racismo e para o tamanho da homotransfobia. Nunca fui um negacionista dessas questões, mas passei a ter noção da amplitude dos temas. Sempre fui aquele adolescente que queria ajudar a mudar o mundo, e fiz jornalismo também por acreditar nisso.
Em Existo, pessoas LGBTI+, negras, com deficiência, periféricas, em situação de rua, refugiadas, entre outras, contam as suas histórias em episódios de 30 a 40 minutos. Os episódios ficam disponíveis semanalmente, às quartas-feiras, nas principais plataformas de áudio e vídeo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.